Inteligência dos EUA sobre Venezuela é “muito boa”, diz secretário interino de Defesa

O secretário interino de Defesa dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, descartou preocupações sobre uma eventual falha de inteligência sobre a Venezuela, como a que precedeu a invasão do Iraque em 2003, e disse que autoridades de alto escalão dos EUA realizaram conversas no Pentágono nesta sexta-feira.

A estratégia do presidente Donald Trump para a Venezuela vem sendo cada vez mais questionada à medida que o presidente Nicolás Maduro continua no poder, o que desperta dúvidas sobre os próximos passos do líder opositor Juan Guaidó, que os EUA e cerca de 50 outros países reconhecem como o chefe de Estado legítimo.

Autoridades norte-americanas, inclusive o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, esperavam mais deserções dos militares venezuelanos em apoio a Guaidó depois que ele convocou as Forças Armadas a ajudarem a depor Maduro na terça-feira.

“Não acho que tenhamos uma lacuna de inteligência. Acho que temos relatos muito bons”, disse Shanahan a repórteres quando indagado sobre comparações com as lacunas de inteligência que antecederam a invasão norte-americana do Iraque em 2003.

Seus comentários vieram depois de uma reunião no Pentágono que incluiu Bolton, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o almirante da Marinha Craig Faller, que supervisiona as forças dos EUA na América Latina.

“Temos fontes múltiplas que abordamos constantemente, e também temos todos os tipos de outras maneiras de fazer coletas… sinto-me muito confiante sobre a qualidade e a precisão da informação que estamos recebendo”, disse.

No início desta semana, Bolton disse que o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, o presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, e o comandante da Guarda Presidencial, Iván Rafael Hernández Dala, disseram à oposição que Maduro precisa entregar o poder a Guaidó.

Mas nenhum deles rompeu publicamente com Maduro, e Padrino estava ao lado de Maduro quando este fez um pronunciamento na quinta-feira.

O governo Trump disse que os três homens recuaram do plano.

Espanha diz que não vai permitir que embaixada na Venezuela se torne centro de atividade política

A Espanha não vai permitir que sua embaixada em Caracas seja usada como centro político pelo líder de oposição venezuelano Leopoldo López, disse o ministro das Relações Exteriores espanhol, Josep Borrell, no Líbano, nesta sexta-feira.

López, um aliado do líder opositor Juan Guaidó, se refugiou na embaixada espanhola com a mulher e os filhos no início da semana após uma tentativa fracassada de um levante militar contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

“A Espanha não vai permitir que sua embaixada seja convertida em um centro de atividade política pelo sr. López ou por qualquer outro”, disse Borrell durante uma conferência em Beirute.

Na quinta-feira, o governo espanhol informou que não tinha intenção de entregar López para as autoridades da Venezuela.

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