Inova Aerodefesa – Workshop reúne empresários, Governo e ICTs em SP


Divulgado pela FINEP

Cerca de 500 pessoas, entre empresários, representantes de ICTs e do Governo, participaram do Workshop do Programa Inova Aerodefesa, na terça-feira (27/8), em São Paulo. “Este evento é a materialização do sucesso da demanda do programa, e a presença maciça representa uma espécie de censo da área de aerodefesa no País”, afirmou Hudson Lima Mendonça, superintendente da FINEP em São Paulo,  na abertura do encontro.

O workshop foi dividido em três partes: de manhã, foi apresentado um balanço da primeira etapa do programa – que teve 77 empresas líderes habilitadas, com uma demanda qualificada até o momento de R$ 12,9 bilhões, sendo que os recursos disponibilizados no edital somam inicialmente R$ 2,9 bilhões. Em seguida, foram apresentadas instruções detalhadas para as empresas apresentarem os planos de negócios, que têm de ser enviados até 10 de outubro. O modelo de referência  já está disponível na seção de editais do site da FINEP. O link para acesso ao preenchimento eletrônico do plano estará disponível nos próximos dias. 

A segunda parte do workshop foi dedicada às apresentações de representantes do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, e da Agência Espacial Brasileira (AEB), quando foram abordadas as direções e necessidades estratégicas das instituições, assim como as ações de incentivo à área. Participaram o Vice-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, representando o Ministério da Defesa; o Vice-Almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva e o Contra-Almirante Humberto Moraes Ruivo, pela Marinha; o Coronel André Luís Novaes Miranda, do Exército; o Coronel Aviador Marcelo Franchitto, da Força Aérea; e Carlos Alberto Gurgel Veras, diretor da AEB.

Parcerias

À tarde, na terceira etapa do encontro, ocorreu a interação das empresas líderes com empresas parceiras e as ICTs cadastradas, como previsto no edital. “As funções estratégicas dos planos de negócios dependem da parceria forjada entre as instituições participantes e é isso que vai consolidar as iniciativas”, afirmou William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da FINEP, durante a apresentação que dividiu com Sergio Schmidt, assessor da presidência do BNDES. Segundo Maurício Neves, superintendente da área Industrial do BNDES, “é importante frisar que agora existe inovação no próprio programa, já que os produtos – os tipos de financiamento – entre o BNDES e a FINEP já havia, mas a congregação deles num pacote promoveu uma sinergia única, uma outra ordem de grandeza”, disse.  

Parte do Inova Empresa

A finalidade do edital, lançado em maio, é selecionar planos de negócios de empresas brasileiras que contemplem projetos de inovação nas quatro linhas temáticas: Aeroespacial, Defesa, Segurança e Materiais Especiais. A ideia é incentivar o adensamento de toda a cadeia produtiva destes setores, considerados estratégicos dentro do Plano Inova Empresa, do Governo Federal, cuja demanda até agora atingiu R$ 56,2 bilhões. 
 

Com a palavra, alguns participantes do workshop:

Graciliano Campos, diretor presidente da Novaer Craft:
“Estou muito bem impressionado com a  formatação do evento, que demonstra uma articulação inédita entre os setores interessados. Nunca vi isso acontecer no âmbito de nenhum outro edital e isso tem todas as características de se tornar uma fórmula de sucesso. Esse formato, essa maneira de promover articulação, vai gerar frutos muito positivos para a indústria e para o País como um todo".

Walter Filho, diretor do Centro de Engenharia da Helibras:
“A Helibras, que vem apresentando um crescimento muito grande em termos de capacidade técnica, enxerga neste evento uma oportunidade de  continuar desenvolvendo a essa capacidade, que é inovadora no Brasil, na indústria de asas rotativas. Temos várias oportunidades dentro dessa indústria, e vemos esse workshop como uma chance de estreitar as parcerias. É uma excelente iniciativa, parabéns!”.

Jorge Py Velloso, vice-presidente da Forjas Taurus:
“O Inova Aerodefesa superou as expectativas, basta ver o número de participantes aqui. E é impressionante também a demanda de 12 bilhões de reais, mesmo se considerando um limite de financiamento de 2,9 bilhões. A indústria brasileira tem condições de fazer inovação tecnológica. Nós já fizemos contatos com universidades no sul do Brasil. Se conseguirmos  o desenvolvimento de  nosso projeto – ligado a novos materiais – tenho certeza que será um break-through porque  ninguém terá o mesmo, será uma vantagem comercial muito grande. E parece algo atingível, e nossa expectativa é muito grande. Estamos ansiosos para seguir para a próximas fase do Inova.”

Renato Tovar, gerente de Programas Tecnológicos da Avibras:
“Como empresa líder, fizemos nosso primeiro plano para atuar em três linhas temáticas no Inova Aerodefesa. Estamos apresentando aqui 19 projetos que listamos como de nosso interesse, quase todos envolvendo empresas parceiras, e estamos agora à procura de um ICT para nos apoiar. Fiquei surpreso com a audiência do evento, é um sucesso, além da qualidade da presença”.

Vice-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa:
“Acompanho o programa deste seu lançamento. Esta fase agora é extremamente importante, o fomento entre as empresas lideres, as parceiras e os ICTs. Nós buscamos a participação efetiva de representadas das Forças Armadas no workshop, já que certamente os produtos desenvolvidos a partir desse programa as terão como usuários. As três Forças estão mostrando de forma detalhada e transparente suas prioridade. Vejo de forma extremamente positiva o desenvolvimento do Inova Aerodefesa  desde as primeiras  fases. O programa é algo inovador, e o workshop vem ratificar o que vínhamos acompanhando , com uma participação extraordinária da indústria de defesa. O centro de convenções lotado  é uma visão de futuro promissor do programa.”

Mauro Pagani, Capitão-de-Mar-e-Guerra da Reserva e analista e projetos militares da Emgepron”:
“Estamos mostrando nossos principais projetos no sentido de estabelecer parcerias para que se unam a nós. O workshop este sendo excelente porque conseguiu,  de uma maneira  descomplicada, reunir uma grande quantidade de pessoas que poderão de fato contribuir, em vez de realizar esforços pontuais. Acredito que o programa será um grande sucesso".

Ítalo de Oliveira, cientista sênior do Centro de Pesquisas da GE:
Nosso foco aqui é transporte aéreo  e eficiência relacionada ao tráfego de passageiros e de  cargas.  No Brasil, esta área está ligada à defesa, como parte de  estratégia de segurança nacional. O evento oi extremamente produtivo. Encontrei  um espírito de buscar colaboração e ideias com forte apelo de inovação mesmo. Achei que causou muito boa impressão a postura da FINEP em apoias essa área, pois temos no País uma  base muito inventiva  e a FINEP está dando um suporte  inédito".

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