Coreia do Sul assina acordo para pagar mais por tropas americanas

Oficiais assinaram um acordo de curto prazo, neste domingo, para reforçar a contribuição da Coreia do Sul na manutenção de tropas americanas na península, depois de um acordo anterior ter caducado, entre exigências do presidente Donald Trump por pagamentos maiores dos sul-coreanos.

Por volta de 28.500 tropas americanas estão na Coreia do Sul, onde os Estados Unidos mantêm presença militar desde a Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953. O novo acordo ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento da Coreia do Sul, mas aumentaria sua contribuição de 960 bilhões de wons, em 2018, para 1.03 trilhão (890 milhões de dólares).

Ao contrário de acordos anteriores, que duraram cinco anos, este deve terminar em um ano, potencialmente forçando os dois lados a retornarem à mesa de negociações em meses. “Tem sido um processo muito longo, mas, no fim, um processo muito bem sucedido”, disse a ministra de Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha em uma reunião antes de outro oficial do ministério de Relações Exteriores rubricar o acordo.

Embora reconheça a consistente crítica interna ao novo acordo, e a necessidade de aprovação do parlamento, Kang disse que a resposta tem “sido positiva até agora”.

O conselheiro sênior de negociações de segurança e acordos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Timothy Betts, encontrou-se com Kang antes de assinar o acordo, a favor dos Estados Unidos, e lhe disse que o dinheiro representava uma parte pequena, mas importante, do apoio da Coreia do Sul à aliança.

“O governo dos Estados Unidos reconhece que a Coreia do Sul faz muito pela nossa aliança e pela paz e estabilidade desta região”, disse. Os aliados têm tido dificuldades para chegar a um acordo, apesar de 10 rodadas de discussões desde março, entre exigências constantes de Trump por um acréscimo significativo da contribuição sul-coreana. Oficiais da Coreia do Sul disseram que buscaram limitar o gasto em $1 trilhão de wons e fazer o acordo válido por pelo menos três anos.

Um legislador sênior do partido governista da Coreia do Sul afirmou, mês passado, que as negociações estavam travadas, depois de os Estados Unidos fazerem uma exigência “repentina e inaceitável”, em que Seul pagaria mais de 1,4 trilhão de wons por ano. Mas os dois lados trabalharam para chegar a um acordo para minimizar o impacto nos trabalhos sul-coreanos em bases militares americanas e para se concentrarem em discussões nucleares, antes de uma segunda reunião entre EUA e Coreia do Norte, disseram oficiais de Seul.

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