Japão detecta sinais de rádio que indicam possível teste de míssil norte-coreano, diz fonte

O Japão detectou sinais de rádio que sugerem que a Coreia do Norte pode estar preparando outro lançamento de míssil balístico, embora esses tipos de sinais não sejam incomuns e imagens de satélite não mostrem novas atividades, disse uma fonte do governo japonês nesta terça-feira.

Depois de disparar mísseis a um ritmo de dois ou três por mês desde abril, a Coreia do Norte fez uma pausa em setembro, depois de disparar um foguete que sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido, no norte do Japão.

“Não é o bastante para determinar (se um lançamento deve acontecer em breve)”, disse a fonte à Reuters.

A agência japonesa de notícias Kyodo informou no final da segunda-feira que o governo japonês estava em alerta depois de captar esses sinais de rádio, sugerindo que um lançamento aconteceria nos próximos dias. A agência disse ainda que os sinais podem ser relacionados a treinamento militar de inverno pelas Forças Armadas norte-coreanas.

A Coreia do Norte desenvolve programas de mísseis e de armas nucleares em um desafio a sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e não faz segredo sobre seus planos de desenvolver um míssil capaz de atingir a área continental dos Estados Unidos. O país já disparou dois mísseis sobre o Japão.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando uma fonte do governo local, também relatou que autoridades de inteligência dos EUA, da Coreia do Sul e do Japão detectaram recentemente sinais de um possível lançamento de míssil e estão em alerta máximo.

Coreia do Norte pode anunciar conclusão de programa nuclear em 1 ano, diz ministro sul-coreano

A Coreia do Norte pode anunciar a conclusão de seu programa nuclear dentro de um ano, disse o ministro de Unificação sul-coreano nesta terça-feira, à medida que o Norte está avançando a um ritmo mais rápido do que o esperado no desenvolvimento de seu arsenal.

“Especialistas acreditam que a Coreia do Norte demorará entre mais dois e três anos, mas eles estão desenvolvendo suas capacidades nucleares mais rápido do que o esperado e não podemos descartar a possibilidade de que Pyongyang possa declarar a conclusão de seu programa nuclear em um ano”, disse o Ministro de Unificação, Cho Myoung-gyon, durante evento em Seul.

Líder norte-coreano, Kim Jong Un, assiste lançamento de míssil Hwasong-12 em foto divulgada pela agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA 16/09/2017 KCNA via REUTERS

Havaí irá retomar teste de sirene nuclear da Guerra Fria em meio a ameaça da Coreia do Norte

O Havaí irá retomar nesta semana testes mensais de suas sirenes de alerta para ataques nucleares da era da Guerra Fria pela primeira vez em cerca de 30 anos, em preparação para um potencial lançamento de míssil da Coreia do Norte, afirmaram autoridades de gestão de emergência.

Toques de sirene soarão por cerca de 60 segundos em mais de 400 locais pelas ilhas do Pacífico central começando às 11h45 de sexta-feira, em um teste que será repetido no primeiro dia útil de cada mês depois disso.

Um anúncio formal e demonstração do sistema estão planejados para esta terça-feira pelo governador David Ige e outras autoridades na sede da Agência de Gestão de Emergência do Havaí.

Testes mensais da sirene de ataque nuclear estão sendo reintroduzidos no Havaí junto com anúncios pedindo para que moradores da ilha se abriguem, permaneçam em abrigos e fiquem atentos se ouvirem o alerta.

“A prontidão de emergência é saber o que esperar e o que fazer em todos os perigos”, disse o chefe da Agência de Gestão de Emergência, Vern Miyagi, em mensagem em vídeo publicada online. Miyagi não mencionou a Coreia do Norte especificamente.

Entretanto, as sirenes de ataque nuclear, descontinuadas desde 1980 quando a Guerra Fria chegou ao fim, estão sendo reativadas sob a luz dos recentes testes de mísseis balísticos intercontinentais da Coreia Norte considerados capazes de atingir o Estado, disse à Reuters a porta-voz da agência, Arlina Agbayani, na segunda-feira.

Coreia do Sul alerta Coreia do Norte a não repetir violação de armistício

A Coreia do Norte violou um acordo de armistício com a Coreia do Sul neste mês, quando soldados norte-coreanos balearam e feriram um colega que desertou cruzando a fronteira entre os dois países, e não deve fazê-lo novamente, alertou o ministro da Defesa sul-coreano nesta segunda-feira.

O desertor, um soldado norte-coreano identificado somente pelo sobrenome Oh, ficou gravemente ferido, mas se recupera em um hospital da Coreia do Sul.

Ministro de Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, visita local onde norte-coreano desertou na área de fronteira 27/11/2017 REUTERS/Kim Hong-Ji

O incidente ocorreu em um momento de tensões altas entre Pyongyang e a comunidade internacional devido ao programa de armas nucleares norte-coreano, mas o regime não respondeu publicamente à deserção na fronteira.

O titular sul-coreano da Defesa, Song Young-moo, fez o alerta ao vizinho do norte durante uma visita à divisa, onde elogiou os soldados de seu país em uma Área de Segurança Conjunta no chamado Vilarejo da Trégua de Panmunjom, na zona desmilitarizada, por resgatarem o desertor.

Um guarda de fronteira norte-coreano cruzou brevemente a divisa quando perseguia o desertor no dia 13 de novembro, como mostrou um vídeo divulgado pelo Comando das Nações Unidas em Seul, uma violação do acordo de cessar-fogo entre as Coreias firmado no final da Guerra da Coreia de 1950-53.

“Atirar na direção do sul contra um desertor, isso é uma violação do acordo de armistício”, disse Song. “Cruzar a linha de demarcação militar, uma violação”.

“Portar rifles automáticos (na Área de Segurança Conjunta), outra violação”, acrescentou o ministro perto de onde os soldados sul-coreanos encontraram Oh desmaiado e sangrando devido aos ferimentos.

“A Coreia do Norte deveria ser informada de que este tipo de coisa nunca mais deveria ocorrer”.

Há relatos de que, depois da deserção, Pyongyang substituiu os guardas postados no local. Soldados fortaleceram uma seção da área com o objetivo de impedir novas deserções escavando uma trincheira e plantando árvores.

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