Turquia tem direito de combater ameaças na Síria e no Iraque, diz Erdogan

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, alertou o primeiro-ministro do Iraque de que ele deveria "conhecer seus limites" depois de ter criticado a presença militar turca em seu país e disse que o Exército turco, abalado por uma tentativa fracassada de golpe de Estado, não perdeu tanta reputação a ponto de receber ordens do premiê iraquiano.

Membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Turquia compartilha uma fronteira de 1.200 quilômetros com a Síria e o Iraque e enfrenta ameaças de militantes do Estado Islâmico em ambos, mas teme que os esforços internacionais para destruir os radicais islâmicos deixem novos perigos em sua esteira.

O Exército turco, depois que seus escalões superiores foram expurgados na sequência da tentativa malfadada de derrubar Erdogan em julho, lançou uma incursão na Síria em agosto para repelir o Estado Islâmico e impedir que milicianos curdos apoiados pelos Estados Unidos ocupassem territórios. Ancara desconfia do auxílio de Washington ao que vê como uma força síria curda hostil.

Erdogan insinuou que a Turquia pode adotar uma atitude semelhante no Iraque, onde crescem as expectativas de um ataque para expulsar o Estado Islâmico de Mosul, cidade do norte iraquiano.

"Iremos abordar a operação no Iraque, a operação que estará em Mosul em breve, com a mesma atitude", disse Erdogan em comentários feitos durante uma reunião com líderes islâmicos em Istambul e transmitidos pela televisão.

"A Turquia não pode intervir contra as ameaças logo ao lado? Jamais aceitaremos isso… não precisamos de permissão para isso, e não pretendemos obtê-la".

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