Ágata 9: Integrantes do EMCFA assistem demonstração de patrulha fluvial

Marina Rocha
Ascom – MD


O chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, esteve no 17º Batalhão de Fronteira, localizado em Corumbá (MS). No local, De Nardi plantou uma árvore com placa alusiva ao fato de ter sido comandante militar do oeste em 2007.

Em uma lancha-patrulha de ação rápida do Exército, o general seguiu viagem pelo rio Paraguai, acompanhado da comitiva do MD, onde avistaram silos e a vegetação natural do bioma Pantanal. O general ficou a par da atuação conjunta das Forças e demais órgãos no Canal do Tamengo ao se aproximar do posto de bloqueio e controle fluvial montado para a Ágata 9.

No local, 38 homens abordaram os veículos marítimos, revistaram e verificaram a documentação obrigatória. O Canal do Tamengo é a principal ligação de Puerto Suárez e Puerto Aguirre, na Bolívia, com o Brasil. Na Operação, Marinha e Exército agem integrados com a Polícia Militar Ambiental e utilizam meios fluviais equipados com metralhadoras e lançadores de granadas.

Além do general De Nardi, a comitiva da Defesa foi composta pelo comandante do 6º Distrito Naval, almirante Petrônio, pelo chefe de Operações Conjuntas do MD, almirante Ademir Sobrinho, o chefe de Assuntos Estratégicos da Defesa, general Gerson Menandro, e o comandante de Defesa Aeroespacial Brasileiro, brigadeiro Antonio Carlos Egito.

A equipe do MD viu, ainda, o trabalho desempenhado pela Marinha, Exército e Aeronáutica nas ações cívico-sociais (acisos). Em Ladário (MS), militares montaram hospital de campanha para atendimento médico e odontológico a população.

Oficiais da Defesa acompanham operação em Mato Grosso

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, acompanhou as ações de fiscalização na fronteira, desencadeadas pela operação Ágata 9 em Mato Grosso. Acompanhado de comitiva do Ministério da Defesa (MD), o general passou também pelo Pelotão de Fronteira Corixa, onde cerca de 30 homens do Exército protegem a localidade limítrofe a países vizinhos.

A visita aconteceu durante toda a terça-feira (28) e continuará nos próximos dias em outras áreas. A Ágata 9 abrange aproximadamente 4.070 quilômetros de fronteira e acontece nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. “O objetivo é combater o crime transfronteiriço. O mais importante é cessar o tráfico”, explicou De Nardi.

Logo que desembarcou em Cáceres (MT), no 2º Batalhão de Fronteira, o general foi apresentado a alguns dados já consolidados da operação. De acordo com o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general José Carlos Braga de Avellar, até o momento, os militares já revistaram mais de 15 mil veículos leves, apreenderam 102 carros e 1,4 toneladas de maconha. Além disso, realizaram 566 atendimentos médicos, 297 odontológicos e distribuíram 480 medicamentos. “A população aprecia muito a nossa presença”, ressaltou Avellar.

Ainda estão previstos algumas ações cívico-sociais (de assistência à população) e 60 postos de bloqueio e controle de estradas. Neste caso, as tropas estão autorizadas a parar e revistar quaisquer tipos de automóveis e verificar as documentações obrigatórias.

No caso da Brigada, que comanda o Batalhão, e engloba ambas instituições, estão envolvidos cinco mil militares da Força Terrestre e 400 profissionais de agências governamentais. O chefe do EMCFA comentou a participação de diversos órgãos em prol das atividades da Ágata 9. “Nós começamos com quatro ou cinco agências e hoje temos mais de 20. O Ministério da Defesa trabalha sempre em conjunto. Há uma interação entre as Forças”, completou. A operação é realizada desde 2011 e está inserida no Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal.

Pelotão

A comitiva da Defesa fez um sobrevoo de helicóptero no pantanal mato-grossense saindo de Cáceres com destino ao Pelotão de Fronteira (PEF) Corixa.

A experiência de vivenciar o trabalho das Forças Armadas em áreas muitas vezes desconhecidas da maioria da sociedade é algo importante para a carreira, como afirmou o general De Nardi. “Início de vida profissional tem que ser assim. Tem que saber o que é a fronteira”, salientou. O chefe do EMCFA dirigiu essas palavras aos cadetes do último ano da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Konhiski e Maique, que fazem estágio de duas semanas no pelotão.

Parceria

Ainda no Pelotão, a comitiva conheceu a atuação de parceiros das Forças Armadas na região, como é o caso da Receita Federal. Eles entraram em um dos caminhões scanner que mapeiam carregamentos ilícitos dentro de veículos que passam pelas estradas.

No mesmo lugar do pelotão funciona um posto fixo da Aduana Nacional, em área de controle integrado Brasil-Bolívia. Perto do scanner, caminhões carregados de madeira aguardavam liberação da Receita para seguir viagem. “A cada dia vemos crescer a operação Ágata. Ela é interagências. Somos ao todo 30 mil homens envolvidos e a Aeronáutica está utilizando 22 aviões”, finalizou o general De Nardi.

Acompanharam a visita o chefe de Operações Conjuntas do MD, almirante Ademir Sobrinho, o chefe de Assuntos Estratégicos da Defesa, general Gerson Menandro, o chefe de Logística do MD, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, e o comandante de Defesa Aeroespacial Brasileiro, brigadeiro Antonio Carlos Egito.

 

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