Militares apreendem madeira ilegal na Amazônia em ação da Operação Verde Brasil 2

Isabela Nóbrega

Durante inspeções da Operação Verde Brasil 2, militares do Comando Conjunto Norte participaram de ações de fiscalização de madeireiras em Tucuruí, no Pará, nesta terça-feira (23). Na ação, foram apreendidos 1.081 metros cúbicos de madeira em tora, 517 m³ de madeira serrada e outros 199 m³ de madeira em lascas. Também foram confiscados R$ 460 mil em bens e aplicada multa no valor de R$ 776 mil reais. 

Os militares prestaram apoio logístico aos integrantes da Polícia Federal, Polícia Militar do Estado do Pará, do IBAMA, e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Tucuruí, além de executarem a segurança no transporte do material apreendido.

No sábado, o Comando Conjunto Amazônia apreendeu 5 mil metros cúbicos de madeira ilegal, confiscou R$ 411,6 mil em espécie e aplicou multa no valor de 193 mil reais. No mesmo dia, os Comandos Conjuntos Amazônia, Norte e Oeste inspecionaram 165 embarcações, autuaram 10, apreenderam quatro e notificaram oito. Houve ainda a vistoria de 32 veículos e a apreensão de duas motos e dois tratores.

Os militares, ainda, desenvolveram combate a delitos ambientais no município de Alto Alegre, em Roraima, na sexta-feira (19). Nas proximidades da Estação Ecológica de Maracá funcionava um garimpo ilegal, que poluía o Rio Uraricoera e a própria estação.

Na ação, foram apreendidos materiais de garimpo, geradores de energia, aparelhos eletrônicos, duas motocicletas e uma caminhonete. Os militares do Comando Fronteira Roraima/ 7º Batalhão de Infantaria de Selva e da Força Aérea Brasileira atuaram em apoio à Polícia Federal e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Em patrulhamento fluvial em Cametá, no Pará, o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte interditou um posto de gasolina flutuante. A embarcação não possuía documentação e os materiais de salva-vidas estavam incompletos.

As bombas de combustível foram lacradas e os inspetores navais proibiram o uso da embarcação até a regularização junto aos órgãos responsáveis. 

A Operação Verde Brasil 2

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa. Está no escopo do Conselho Nacional da Amazônia (CNA), conselho regulado pela Vice-Presidência da República em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo Governo Federal, em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. A GLO foi renovada até 30 de abril de 2021, por meio do decreto presidencial 10.539.

Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCjA) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB, dá suporte às ações aéreas, em caráter permanente.

Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir da capital federal. Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

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