Comando Conjunto Norte apresenta números expressivos no combate a delitos ambientais na Amazônia Oriental

O Comando Conjunto Norte (CCN) vem combatendo focos de incêndio que atingem a Amazônia Oriental em diversos pontos dos estados do Pará, Amapá, Maranhão e no norte do Tocantins. São empregados mais de 1000 homens por dia nas ações da Operação Verde Brasil 2, em parceria com agências federais e estaduais.

Durante mais de quatro meses de trabalho na Operação Verde Brasil 2, houve 287 ações de combate a incêndio, apreensão de 5.431 metros cúbicos de madeira, 8.050 toneladas de minério, 6.943 litros de combustível, 52 veículos ilegais para transporte de madeira e 458 materiais diversos (motosserra, correntes, motores, armamentos, munições, etc.), além de 54 milhões de hectares embargados.  Ocorreu, ainda, o recolhimento de 217 embarcações, 16 pessoas foram detidas e foram aplicadas multas no valor de mais de R$244 milhões.

Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica também deslocam aeronaves que transportam brigadistas e despejam água durante sobrevoos para conter as chamas. Ao mesmo tempo, as tropas do CCN prosseguem na repressão aos crimes ambientais desde maio deste ano.

As ações não param. No dia 16 de setembro, 30 integrantes do 23º Esquadrão de Cavalaria de Selva apoiaram o 8º Grupamento Bombeiro Militar no combate a um incêndio localizado no km 22 da rodovia PA-263, nas proximidades do município de Breu Branco, no estado do Pará. Foram mais de oito horas de ação para controlar o fogo em aproximadamente 10 hectares de queimadas. Os focos foram controlados antes de atingir as residências às margens da rodovia.

Já no dia 21 de setembro, militares do 53º Batalhão de Infantaria de Selva, somando esforços com as agências federais de fiscalização ambiental, partiram da Base de Operações Tapajós, na cidade de Novo Progresso, sudoeste paraense, para reprimir crimes contra o bioma amazônico. Na altura da BR-163 (PA), foi apreendido um caminhão que carregava madeira em tora de espécies florestais e, também ao redor da área inspecionada, uma motosserra, um trator e várias réguas de madeira serrada foram recolhidos. Os agentes encontraram os bens abandonados no local.

Histórico da operação

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa e está no escopo do Conselho Nacional da Amazônia (CNA), que é regulado pela Vice-Presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo governo federal em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal. A determinação presidencial para o emprego das Forças Armadas em garantia da lei e da ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União, por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do Decreto Presidencial nº 10.421.

Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCjA) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB, dá suporte às ações aéreas em caráter permanente.

Assim como na Operação Verde Brasil, ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir da capital federal. Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), da Força Nacional de Segurança Pública, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).

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