Comentário Gelio Fregapani – Um Judiciário Corrompido

Para que uma máquina funcione bem cada peça tem que fazer o seu trabalho, uma falhando o desempenho da máquina será prejudicado e conforme a importância da peça pode até emperrar todo o sistema.

Há alguma analogia entre uma máquina e o mecanismo de um governo, mas se nas máquinas as peças estragam por causas mecânicas nas instituições as peças podem não funcionar por vontade própria. Isto fica evidenciado na atitude do STF em retardar indefinidamente os julgamentos de processos que chegam até a sua instância, prejudicando o funcionamento do sistema como um todo, mas isto não chegou a paralisar o sistema governamental o qual, mesmo prejudicado, continuou funcionando.

Fosse o STF peça de uma máquina certamente seria trocada ainda nesta fase em que ficou claro que, mesmo sendo importante, não era essencial para o funcionamento do governo.

As duas instâncias anteriores já forneceriam ao menos a justiça indispensável ao funcionamento da sociedade. Porem uma peça de um sistema de governo tem vontade própria e se porventura essa vontade for apenas contrariar o Executivo a situação se complica.

Poderia se esperar até que, dentro das deformações do jogo democrático, que o STF apoiasse a sua ideologia partidária em prejuízo da verdade, mas não haveria expectativa de que tentasse legislar como se legislativo fosse e a usurpar funções privativas do executivo, parecia fora de cogitação. Entretanto, é isto que acontece, pois o STF – ou alguns de seus ministros, quando interessa à sua ideologia ou a seus patronos, legislam, investigam e julgam quando a função legal deles se resume a julgar assuntos constitucionais, pessoal com foro privilegiado e recursos de terceira instância os quais em parte, esperam até a sua prescrição.

Surpreende aos menos atentos a conformidade dos demais poderes em face do avanço do STF, que no legislativo pode ser exemplificado pela ordem de abrir a CPI para investigar a “responsabilidade” do Presidente na epidemia. Ainda que possa, haver variadas motivações para que o Senado ceda a essa imposição, não há como evitar a impressão que existam tantos senadores comprometidos com corrupções que ministros da Suprema Corte os mantenham reféns enquanto esperam pelas prescrições, mas é mais difícil compreender o porquê de o Presidente, que não tem o rabo preso, tolerar a intromissão do STF, que desde a sua posse, empenham-se em impedir as medidas desejadas pelo Presidente, na esperança de que seu governo seja um fracasso.

O STF não está sozinho no desejo de derrubá-lo, as velhas raposas políticas previam que seu governo não resistiria a sete meses e prepararam uma perigosa rebelião da maioria dos governadores e a traição de aliados que tinham ajudado a derrotar o PT – o Mandeta e o Moro, os mais prestigiados de seu ministério.  Seu único aliado ostensivo continuava a ser o apoio popular, pois as Forças Armadas estavam mudas, chefiadas por comandantes que aparentemente, dedicavam sua lealdade mais a fachada de democracia do que ao bem da Pátria.
 
Passado o momento de maior perigo, Bolsonaro continuou tolerando as intromissões do STF, mas o ambiente foi se agravando, tendendo para um confronto pois o STF, impulsionado pelos partidos de esquerda continua a forjar um pretexto para retirar Bolsonaro da presidência, enquanto este dá mostras que não cairá sem reagir, sabendo que conta com o apoio da opinião pública e que terá o Exército atrás de si se for necessário virar a mesa.

O grande apoio popular aponta para que nas próximas eleições, se houver lisura, serão varridos muitos dos deputados e senadores oposicionistas/corruptos e com sua base aumentada o Presidente conseguiria governar com maior sucesso, portanto é do interesse do governo evitar o conflito.

As oposições, vendo que o tempo trabalha contra elas, sentem que precisam alijar o Bolsonaro da presidência antes da eleição e provocam de todas as formas na esperança de que um ato de força do governo lhes dê um pretexto jurídico para declará-lo afastado.

Não conseguindo ainda resta às oposições fraudar a eleição, por isto se opõem ferozmente a qualquer forma de voto auditável, afirmando que as urnas eletrônicas são seguras, quando até a mais ingênua das criaturas sente que houve fraudes em todas as nossas eleições, inclusive na última, apenas nesta não foi suficiente.

Podemos esperar que o STF continue a ocupar cada vez mais espaço até provocar uma reação que arranhe as leis, na esperança de que as Forças Armadas se quedem neutralizadas pela aparente legalidade dos tribunais. Num cenário assim certamente o Exército decidiria de forma unanime por apoiar a legitimidade da opinião pública mesmo contra a aparente legalidade de um JUDICIÁRIO CORROMPIDO.
 
No final, como sempre, o poder se origina na boca dos fuzis.

Que o Criador abençoe nossas armas e nossas mentes

Gelio Fregapani

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