Comentário Gelio Fregapani – O Momento Político do Brasil

Comentário Geopolítico

 

Em 04 de junho de 2021

 

Considerando que a união faz a força e que um país dividido torna-se vulnerável às ameaças externas, o antagonismo das minorias só pode ser tolerado até certo ponto, reivindicando suas pretensões sem tentar impô-las e sem se voltar ostensivamente contra o governo da maioria. Caso contrário, havendo divergências irreconciliáveis haverá choque do qual um será vencedor ou em caso de empate o país se esfacelará.

Bem, podemos estar divididos, mas não há empate. Acabáramos de assistir a vitória eleitoral de uma proposta de honestidade, austeridade, respeito à propriedade e orgulho nacional, contrariando a filosofia de governo que esteve no poder por mais de uma década.

Imediatamente o conjunto dos beneficiados pelo sistema anterior se articularam para bloquear as propostas do novo presidente e impedi-lo de governar.

Contando com significativo número de parlamentares e com a maioria dos governadores a oposição preparou uma armadilha que só não deu certo pelo apoio popular ao Presidente.

Para o novo governo a situação era desconfortável, mas não parecia perigosa.

A maioria das suas propostas foram de agrado do povo e as tentativas da oposição em fazer o Presidente sangrar não alcançavam o sucesso almejado. A perspectiva para o Governo era que, com a recuperação da economia em curso, o povo manteria seu apoio e nas eleições de 2022 teria garantida a reeleição e a maior parte dos corruptos e esquerdistas seria varrida para fora do Congresso e dos governos estaduais.

A partir de então, livre das peias dos que querem impedi-lo de governar, o Presidente Bolsonaro levaria o País, pacificamente, ao seu glorioso destino.

A mesma prospecção foi feita pela oposição, a qual percebendo que não teria chance na eleição  e que o tempo  trabalhava em favor do Governo, sentiu que, se não conseguisse retirar o Bolsonaro antes das eleições, amargaria de um ostracismo por muito tempo, por muito tempo mesmo e decidiu jogar todas as fichas em uma pseudo legalidade capitaneada pelo STF,  cujos membros, escolhidos politicamente por governos anteriores, já estavam  acostumados  ao ativismo político apoiando  as demandas da esquerda mais radical.

Decidiram agora provocar o caos no País, esperando uma reação enérgica para anunciar que o Presidente Bolsonaro está dando um golpe de Estado e que deve ser afastado do governo. Isto provavelmente acontecerá já este mês com aparente legalidade e com o apoio da grande imprensa.

Tudo indica que o nosso País se aproxima da “linha vermelha” onde o embate é inevitável. Ambos os grupos contém divergências irreconciliáveis e estas costumam ser resolvidas pela força quando não são resolvidas pela lei e quando a lei é distorcida pelo órgão que deveria ser seu guardião, a força se torna o argumento final.  Quando a força tem o apoio popular ela tem legitimidade e ao vencer criará sua própria legalidade.

O poder sai da boca do fuzil, nos mostra a história. Entretanto, a Polemologia – a moderna ciência que estuda os conflitos, nos mostra que quando um dos lados apresenta um poder esmagador não chega a haver ‘’guerras’’ e de forma inconsciente é isto o que espera o lado conservador.

Entretanto, as oposições, embora despreparadas em polemologia, sabem que o poder não é apenas função de efetivos e meios a disposição, mas também da vontade, ou seja da garra com que são empregados os meios disponíveis e que falhando a vontade do adversário se pode vencer quase sem luta. A esperança das oposições é que não aja reação ou ao menos que ela seja controlável, mas é claro que não será assim.

A reação pode ser governamental ou popular. Se for governamental os opositores podem temer por seus cargos, mas se a reação for popular devem temer é por suas vidas.

Será melhor que os opositores em face a desproporção de poder e de decisão popular, decidam não desencadear a armadilha pseudo legal que prepararam, a qual resultaria fatalmente em endurecimento do regime.

Assim preservarão suas vidas e talvez até seus cargos e melhor do que isto, manteria o País unido e forte perante as pressões internacionais.

Que Deus abençoe o nosso Brasil e a todos nós.

 

Gelio Fregapani

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