Comentário Gelio Fregapani – A gênese das revoluções em nosso País

Nem sempre é percebido que a maioria das nossas revoluções tem sua origem em Governadores Estaduais e seu sucesso ou fracasso depende muito da parcela das forças militares de terra que aderirem.

Podemos exemplificar com as emblemáticas revoluções de 1930 e de 1964: em 30 foram os governadores de Minas Gerais, R. G. do Sul e Paraíba que as desencadearam e a vitória consequente das expressivas forças do Exército e Polícias Militares, destes estados.

Em 64, ainda que se acredite se tratar de uma intervenção militar, na realidade foi uma revolta dos governos de Minas e da Guanabara. Com a adesão quase unanime e o Exército acabou por tomar conta, mas isto é outro caso. Se quisermos examinar a revolução de 32 em São Paulo ou mesmo as da época do nosso Primeiro Império ou da Regência só confirmaremos o papel dos governos estaduais.

A Polemologia – ciência dos conflitos, nos mostra outro tipo de conflito interno, que são as revoluções palacianas, pejorativamente chamadas de Golpes de Estado (Coup d´Etat), os quais podem ser legítimos, se desejados pela população e até legais se executados dentro das regras vigentes, mas são decididos por uma parcela da elite. Entretanto, para ter sucesso é indispensável, no mínimo, o consentimento das Forças Armadas.

Há poucos meses assistimos uma tentativa de golpe de 24 dos governadores, que, amparados pelo STF declararam em conjunto, que não atenderiam as decisões presidenciais, enquanto o presidente da Câmara articulava a reunião para a votação do impeachment, o que assinalaria a legalidade do processo, mas ao qual faltaria o apoio popular, ou seja a legitimidade.
 
Numa tentativa de minar o apoio popular ao Presidente, os dois ministros de maior prestígio, o Mandetta e o Moro, se demitiram traiçoeiramente acusando o Presidente inclusive com falsidades. O Presidente conseguiu desmanchar a armadilha usando apenas a verdade e manteve o apoio popular, ficando marcada a ilegitimidade de tentativa de golpe, o que foi o motivo real de seu fracasso. 

Quanto ao consentimento das Forças Armadas ao golpe naquele momento, não podemos ter certeza pois os mais altos comandos demonstravam desejo de evitar a entrada da política partidária nos quartéis; certamente o coração dos militares estava com o Presidente Bolsonaro, mas provavelmente a maioria se limitaria a cumprir as ordens, que parecessem legais. 

Será que evitar a política nos quartéis seria, para o Alto Comando, mais importante que salvar a Pátria das insensatas decisões do STF?. Talvez, mas é difícil de acreditar.
 
Atualmente estamos ainda vivendo um momento de vigência de um golpe de Estado liderado pelo STF, cujas decisões ultrapassam o senso comum impedindo o progresso e o desenvolvimento, pois libertam chefes do narcotráfico e os piores corruptos e não seguem nem os preceitos básicos da Constituição, comprometendo a já questionável legalidade de sua ação pró impeachment.
 
Como medida profilática o Presidente afastou o Ministro da Defesa e os comandantes das Armas, substituindo-os por outros oficiais-generais afinados com o pensamento de que o bem da Pátria está acima de uma legalidade eivada de abusos de poder.

Desta forma um novo golpe de Estado ensaiado pelas oposições não poderá vicejar, pois além de nunca ter tido legitimidade já não terá o consentimento da força armada e ainda terá a legalidade cada vez mais questionada.
 
Entretanto, ainda sofremos com os desmandos do STF e a rebeldia de alguns dos Governos Estaduais. Toda a Nação pede ao Presidente que os contenha e as Forças Armadas não apenas aceitarão medidas de força como as apoiarão com entusiasmo. Nestas condições não há como as oposições continuarem como estão agora.
 
Considerando que o Presidente prometeu uma surpresa ao povo e recebeu provas de apoio total, especula-se que haverá um “basta” nos desmandos dos ministros togados, dos governadores rebelados e até certo ponto de parlamentares que passarem dos limites. É claro que quanto mais firme for o Presidente, mais será aplaudido pela população, cuja indignação com os corruptos e ladrões está pronta para eclodir em violência pois, apenas tem sido contida pela esperança que o governo saberá como lidar com a situação.

Os mais otimistas (ou ingênuos), chegam  a pensar que a simples ameaça de virar a mesa pode conter os revoltantes desmandos, mas isto, se acontecer, será por um período muito curto. Sem uma ação firme do governo a indignação popular explodirá em violência ou o País se desagregará.
 
Serão as necessárias medidas duras uma ameaça à Democracia? Talvez, mas o que temos é uma ditadura do STF, não uma democracia real e apenas ensaiamos sair de uma cleptocracia.

Nem mesmo os comunistas querem manter este estado de coisa, apenas querem usá-lo para impor sua ideologia, aliados aos corruptos, que dele tiram proveito pessoal, mas esta situação será por pouco tempo.

O Gigante Brasil está despertando!
 
 
Gelio Fregapani

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