Militantes do Estado Islâmico são mortos num ritmo que o grupo não pode suportar, diz general

O esforço da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico está matando os combatentes do grupo mais rapidamente do que a capacidade dele de substituí-los, disse um general britânico nesta quinta-feira, com mais de 45 mil mortos por ataques aéreos até agosto do ano passado.

Nesta terça-feira, as forças iraquianas apoiadas pelo Iraque continuaram a sua ofensiva em Mosul, onde milhares de militantes do Estado Islâmico, incluindo muitos que viajaram de países ocidentais para se juntar ao grupo, estão, acredita-se, localizados.

"Estamos matando o Daesh num ritmo que eles simplesmente não conseguem dar conta”, disse o general Rupert Jones, vice-comandante da coalizão Força Tarefa Conjunta Combinada, usando um termo árabe para se referir ao Estado Islâmico.

"O inimigo não pode suportar o desgaste que eles estão sofrendo, e, assim, eles perdem terreno, eles perdem batalhas.”

O principal comandante norte-americano no Iraque já havia dito neste mês que ele acreditava que as forças apoiadas pelos EUA iriam recapturar os principais redutos do Estado Islâmico, Raqqa, na Síria, e Mosul, no Iraque, nos próximos seis meses.

Jones declarou que, ao mesmo tempo que o confronto não estaria terminado com a queda de Mosul ou Raqqa, isso seria o início do fim.

"A inevitabilidade da destruição deles se torna simplesmente uma questão de tempo”, disse, acrescentando que os líderes do grupo estão agora mais focados na sobrevivência.

Exército iraquiano assume principais rotas de saída de Mosul e sufoca Estado Islâmico

Unidades do Exército do Iraque apoiadas pelos Estados Unidos tomaram controle da última grande rodovia de saída do leste de Mosul, que estava sob comando do Estado Islâmico, disseram um general e moradores da região, sufocando militantes do grupo jihadista em uma área cada vez menor dentro da cidade.

Uma divisão do Exército estava a menos de um quilômetro do "Portão Síria" de Mosul, a entrada no noroeste da cidade, disse um general da unidade à Reuters por telefone.

"Nós efetivamente controlamos a rodovia, está em nossa vista", disse. Moradores de Mosul disseram que não podiam viajar pela rodovia que começa no "Portão Síria" desde terça-feira.

A rodovia liga Mosul a Tal Afar, outro reduto do Estado Islâmico, a 60 quilômetros para oeste, e então para a fronteira com a Síria.

Forças iraquianas capturaram o lado leste de Mosul em janeiro após 100 dias de confrontos e realizaram ataque contra distritos que ficam a oeste do rio Tigre em 19 de fevereiro.

O comandante dos Estados Unidos no Iraque disse acreditar que forças apoiadas pelos EUA irão retomar Mosul e Raqqa, reduto do Estado Islâmico na Síria, dentro de seis meses.

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