França frustra ataque contra forças de segurança em Orleans

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, informou nesta terça-feira (22/12) que dois homens foram presos em conexão a um ataque terrorista frustrado perto da cidade de Orléans, ao sul de Paris.

Segundo o ministro, os ataques teriam como alvo "representantes de forças de segurança estatais na área de Orléans" e foram impedidos pela agência de inteligência interna da França. Os dois homens, cidadãos franceses de 20 e 24 anos de idade, foram detidos em 19 de dezembro e já eram conhecidos das autoridades nacionais.

Em coletiva à imprensa, Cazeneuve afirmou que a dupla estava "em contato com um jihadista francês na Síria", acrescentando que a polícia tenta determinar se a terceira pessoa havia ordenado os ataques.

Um dos dois detidos revelou aos investigadores que ambos estavam planejando ataques contra soldados, policiais e representantes do Estado. Citando uma fonte da polícia, a agência de notícias AFP afirmou que um dos homens é natural do Marrocos e o outro do Togo. Segundo outra fonte citada pela agência Reuters, a dupla tinha como alvo um quartel militar e delegacias, tendo tentado apreender armas e recrutar cúmplices.

Cazeneuve também relatou que dez ataques foram impedidos na França desde 2013 e que 3.414 pessoas tiveram a entrada ao país recusada desde os atentados de novembro em Paris, "devido ao risco que representam para a segurança e a ordem pública".

Após a tragédia do 13 de Novembro, reivindicada pela organização extremista "Estado Islâmico" (EI), a França tirou temporariamente de vigor o acordo de fronteira aberta do Tratado de Schengen, e desde então o país está em estado de emergência.

Há expectativas de que nesta quarta-feira o governo francês vá propor implementar seus poderes de emergência em direito constitucional, numa tentativa de oferecer mais clareza em tempos de crise nacional.
 

Polícia da Bósnia prende 11 suspeitos de ligação com EI

Mais de 100 policiais da Bósnia realizaram nesta terça-feira (22/12) ações de busca e apreensão na região metropolitana da capital, Sarajevo, em operação contra presumíveis colaboradores do grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) naquele país dos Bálcãs.

"Até agora, 11 indivíduos suspeitos por terrorismo, financiamento de atividades terroristas e recrutamento de combatentes para o EI foram detidos em ações de buscas em 13 locais", declarou porta-voz da polícia bósnia.

A operação tinha como alvo 15 suspeitos que estão sendo investigados por "incitação e recrutamento para ataques terroristas". As autoridades realizam buscas, principalmente, em residências particulares e em dois locais de culto religioso.

Acredita-se que os suspeitos estariam em "contato estreito" com militantes em luta no Iraque e Síria. "Durante as buscas, foram encontradas provas de conexões com as estruturas do EI", comunicou o Ministério Público bósnio em nota.

Em meados de novembro, um presumível militante islâmico armado com um rifle matou dois soldados bósnios próximo à capital, em ação descrita pelas autoridades como atentado terrorista. Cercado pela polícia, o homem cometeu suicídio

Um pregador bósnio, praticante da interpretação do Islã de acordo com o wahhabismo da Arábia Saudita, foi sentenciado a sete anos de prisão no início de novembro, por recrutar combatentes para os contingentes do EI no Iraque e na Síria.

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