Novo jato da Honda ganha certificação

A Embraer ganhou mais um concorrente. O HondaJet, primeiro avião executivo da montadora japonesa de carros, recebeu ontem a certificação oficial da Administração Federal de Aviação (FAA), o órgão regulador de voos dos Estados Unidos. Isso significa que ele já pode ser comercializado e entregue para clientes de vários países, Brasil inclusive. O avião deve se tornar em breve um dos principais concorrentes do Phenom 100, um dos jatos campeões da venda da Embraer. Segundo a empresa japonesa, o modelo já possui mais de uma centena de encomendas.

O projeto do avião circulou dentro da Honda por quase três décadas até que o jato tomasse forma. O próprio desenvolvimento da versão final não foi tranquilo: a previsão inicial era que a certificação tivesse sido concedida há dois anos. Agora, a expectativa é que o modelo ganhe mercado usando seu baixo consumo de combustível, baixo preço e design – a mesma fórmula usada pelos carros japoneses que invadiram o mercado americano na década de 1980. Não por acaso, o HondaJet ganhou o apelido de “Civic aéreo”, em referência ao automóvel mais vendido pela montadora japonesa.

Com preço na faixa de US$ 4,5 milhões, o HondaJet inova ao trazer suas turbinas no topo das asas, ao invés de atrás da aeronave, como no caso da maior parte dos modelos da mesma categoria. Com a redução no ruído dos motores, a empresa garante que chegaram ao fim os dias nos quais os passageiros sentados nas últimas fileiras ficavam incomodados com o barulho ensurdecedor das turbinas.

Agência revisa nota de Embraer, após ameaçar piorar nota do país¹

Após colocar a nota de crédito do Brasil em revisão para rebaixamento, a agência de classificação de risco Moody´s reavaliou a situação da Embraer (EMBR3) e da Gerdau (GGBR4) nesta quinta-feira (10).

A Moody's manteve a nota "Baa3" da Embraer, mas mudou a perspectiva para negativa –antes era estável. A classificação "Baa3" é o último degrau do chamado grau de investimento –indicador de que o país ou empresa é considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.

A manutenção da nota e a mudança de perspectiva se devem à decisão da agência, na quarta-feira (9), de colocar a classificação do Brasil em avaliação negativa para rebaixamento.

"A Embraer tem estreitas ligações com o governo federal brasileiro, mas sua significativa diversidade de receitas, liquidez adequada e exposição limitada à desvalorização da moeda local superam sua exposição à deterioração soberana no curto prazo", disse a analista sênior e vice-presidente da Moody's Cristiane Spercel.

Entenda como as agência fazem o cálculo da nota

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa ou um país.

Ele busca medir a probabilidade de calote de obrigações financeiras. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.

Agências de risco falharam na crise

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.

Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

¹Com Reuters e UOL

 

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