Israel – Carros de Combate à Venda por Quilo

O Fim dos Guerreiros de Aço
 
Nelson Düring
 
A reportagem fotográfica trazida pelos site UOL, anuncia o triste fim de guerreiros de aço. As fotos mostram centenas de veículos blindados, em especial carros de combate não só de procedência israelense e americana, mas inúmeros carros de combate produzidos pela então União Soviética e fornecidos aos milhares aos árabes, inimigos de Israel.

Derrotados em 1948, 1967 e em especial 1973 os árabes deixaram nos campos de batalha centenas de carros de combate ( T55/T62) e sistemas de artilharia . Capturados por Israel, muitos foram repassados aos Estados Unidos para criar suas OPFOR (Opponent Force), enviados para serem desmontados e analisados  ou usados como alvos para testar armas, que poderiam ser usadas posteriormente no principal campo de batalha, projetado para ser uma fantástica batalha de carros de combate no Fronte Central, entre a OTAN e o Pacto de Varsóvia.

Resultado é que a batalha definitiva com massas de carros de combate, nunca aconteceu, e estes monstros foram sendo usados para outros fins.

Durante os anos oitenta Israel,  começou a substituir os carros de procedência americana (M47/M48/M60) pelo projeto nacional do CC Merkava, atualmente na versão Mk IV. Muitos dos modelos de procedência russa foram modificados para outros fins. Inclusive especializados para luta em ambiente urbano (MOUT).

Agora jazem às centenas como em um "cemitério de tanques", na base militar de Plugot, na cidade de Kiryat Gat, sul de Israel. E serão vendidos a U$ 0,25/kg. O destino será o de ser matéria prima de alto forno de siderurgias. Matéria prima excelente que gerará um aço nobre.

Assim  carros de combate, artilharia auto-propulsada e inúmero outros veículos terão o inglório fim de serem fundidos em Alto Forno.

Resta uma pergunta, onde estão os espaços, no Brasil,  de preservação da memória histórica e de tecnologia militar para preservar nossos monstros de aço.

Notas – em muitos países os carros de combate são jogados ao mar para criarem artifcialmente centros de vida marinha.

O porta-aviões Minas Gerais foi enviado para a Índia, e desmontado por sucateiros em Alang, junto a centenas de outros navios militares e civis.

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