Exército busca priorizar simulação de combate

Pedro Paulo Rezende
Especial para o DEFESANET

 

O Exército Brasileiro pretende colocar a simulação como oitava prioridade da força. A afirmação foi feita pelo 1º subchefe do Comando de Operações Terrestres (COTER), General-de-Brigada José Eduardo Pereira na palestra de abertura da Conferência Internacional de Simulação e Treinamento Militar (CSTM), que se realiza de hoje (16 de maio) até quinta-feira (18 de maio) no Quartel General do Exército em Brasília.

Atualmente, as principais prioridades do Exército são os projetos Astros 2020; a Defesa Cibernética; o Guarani; a modernização da Antiaérea; o Proteger (para proteção de infraestruturas essenciais, como hidrelétricas, refinarias de petróleo, reservatórios de água e usinas de força); o RECOP (que abrange a modernização do equipamento dos soldados e a compra de novas viaturas) e o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). A ampliação dos sistemas de simulação permitiria um treinamento efetivo da tropa para capacitá-la, em total segurança, aos desafios impostos por um processo acelerado de atualização.

O comandante do Exército, General-de-Exército Eduardo Dias da Costa Villas Boas, cortou a fita inaugural da exposição às 9h30. Na área externa, fornecedores nacionais e internacionais apresentam seus principais produtos. Mais de trinta empresas participam do evento, realizado para permitir a interação entre as Forças Armadas, órgãos de segurança pública, indústria e à comunidade acadêmica envolvida com o desenvolvimento e emprego de sistemas de simulação e tecnologia. A entrada é gratuita.

ESPECTRO AMPLO

Em um dos estandes, o Exército Brasileiro mostrou parte dos sistemas que emprega. Além de utilizar simuladores de treinamento para viaturas e aeronaves, a força terrestre utiliza equipamentos de combate virtual e de simulação viva. Com o uso de um colete e de projetores laser, situações de enfrentamento permitem avaliar o desempenho do soldado. Se ele foi atingido ou o disparo passou perto. A intensidade do dano — leve, pesado ou permanente (morte) — e a eficiência do socorro médico. Informações essenciais são transmitidas em tempo real para os observadores e comandantes das forças do exercício por GPS.

Além dos sistemas de combate individual, foram apresentados simuladores de armadilhas explosivas e de lança-rojão e canhões sem recuo para uso anticarro e antipessoal. Outro expositor apresentou um software para uso em operações de garantia da ordem e de segurança pública.

A exposição não se limitou a apresentar novidades no campo de simulação. Há robôs para desarmar bombas, sistemas de gerenciamento para grandes eventos, informações sobre equipamentos pesados (material de artilharia e viaturas), armamentos leves e material de saúde, entre outros itens de uso militar e policial. Os interessados poderão realizar a pré- inscrição pelo site www.cstm2015.com.br.

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