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Infantaria se consolida como componente operacional da FAB

O Brigadeiro de Infantaria Luiz Marcelo Sivero Mayworm assumiu o comando da Primeira Brigada de Defesa Antiaérea. A unidade, até então comandada pelo Coronel José Roberto Queiroz de Oliveira, é responsável pelo preparo dos três grupos de artilharia antiaérea ativos da Força Aérea Brasileira (FAB). O comando de um oficial-general marca a elevação operacional da Brigada, antes definida como um “Núcleo de Brigada”.

Sediados em Canoas (RS), Manaus (AM) e Anápolis (GO), os grupos operam os mísseis Igla-S e participam da defesa aeroespacial do País, na defesa de pontos e áreas sensíveis. Seu emprego fica sob o comando operacional do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Os militares já atuaram em São Paulo e Manaus na defesa antiaérea durante os jogos da Copa do Mundo de 2014.

O Brigadeiro Mayworm assume o cargo com a missão de consolidar a Brigada, além de buscar expandir o estágio de alcance do sistema de defesa antiaérea. “Para que possamos entregar uma capacidade de combate superfície-ar para a Força Aérea no nível que ela merece. Uma capacidade capaz de proteger o Gripen, o P-3AM Orion, o KC-390, os helicópteros, os radares e todas as instalações da Força Aérea”, afirma. Hoje, a FAB utiliza o sistema de curto alcance.

Desafios da segurança e defesa – Investimento em tecnologia em equipamentos empregados pela infantaria da aeronáutica é uma das principais metas da Subchefia de Segurança e Defesa (SCSD) COMGAR. “É necessário investimento na infraestrutura física e em material eletrônico para que possamos melhorar a eficiência com o mesmo ou menos pessoal do que já temos”, explica o novo chefe da SCSD, Brigadeiro de Infantaria Luiz Cláudio Topan. O militar substitui o Brigadeiro Augusto Cesar Amaral, que vai trabalhar na Diretoria do Departamento de Ensino do Ministério da Defesa.
 
O oficial-general também destaca a necessidade de aprofundar a especialização dos mais de 12 mil militares que trabalham em batalhões de infantaria em todo o País. “É necessário um efetivo mais especializado e profissional”, avalia.

Perspectivas para a Infantaria – De acordo com o Comandante-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, a transformação do então Núcleo da Brigada Antiaérea ao nível de Brigada e a ascensão de mais um oficial-general de infantaria podem ser considerados um “momento de inflexão” da área dentro da FAB. “A Infantaria da Aeronáutica consolidou-se como componente operacional essencialmente voltado para garantir, por intermédio de ações no terreno, o sucesso das operações aéreas”, avalia.

Para ele, a artilharia antiaérea e a defesa e segurança fazem parte de uma tarefa básica da Força Aérea Brasileira que é a proteção da força. "A proteção da força é extremamente importante para dar segurança para a atividade aérea que, na realidade, é a atividade fim”, afirma o Tenente-Brigadeiro Machado.

O Comandante do COMGAR acredita que não é mais possível pensar o combate aéreo sem uma boa artilharia antiaérea. Por isso, destacou que além do sistema de baixo alcance que a FAB emprega, os mísseis Igla, o Ministério da Defesa tem um projeto de aquisição do sistema de médio alcance de fabricação russa: o Pantsir-S1. Cada força deve receber uma bateria. “É um equipamento de médio alcance, modifica totalmente a doutrina. É um equipamento de altíssima tecnologia, de primeira categoria que realmente vai mudar nossa cara em relação à artilharia antiaérea”, finaliza.

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