França e Reino Unido investirão mais de 2 bilhões de euros em drones de combate

A França e o Reino Unido vão investir mais de 2 bilhões de euros em um programa conjunto para fabricar drones de combate, segundo uma declaração assinada ontem, dia 3 de março de 2016, em uma reunião de cúpula entre os dois países em Amiens, na França.

Trata-se da primeira vez em que os dois países demonstraram compromisso financeiro com o projeto, cujas bases foram lançadas em 2014.

Segundo a declaração comum, assinada na presença do presidente francês, François Hollande, e do primeiro-ministro britânico, David Cameron, o programa é o mais avançado na Europa e prevê uma avaliação técnica em 2020. Os drones deverão estar operando em 2030.

De acordo com o Ministério da Defesa britânico, os equipamentos em questão poderão realizar missões de observação e de vigilância, identificar alvos e realizar ataques.

O Reino Unido já dispõe de drones armados com mísseis, que foram comprados dos Estados Unidos. A França apenas possui drones para observação, sem armas.

Hacker consegue controlar drone de 35 mil dólares usado pela polícia

As aeronaves não tripuladas estão a ser usadas cada vez mais como ferramenta de trabalho em diversas áreas. Mas como acontece com quase todos os sectores tecnológicos existem falhas de segurança por descobrir. E quando são descobertas, são alarmantes.

Quando pensa num drone de 35 mil dólares, o equivalente a 32 mil euros, pensa numa máquina quase invencível, certo? Errado. Pelo menos foi isso que o investigador de segurança informática Nils Rodday mostrou na conferência de hacking RSA, nos EUA.

O hacker encontrou uma falha de segurança no sistema de comunicação de um drone que custa milhares de dólares e que já foi usado em operações pela polícia e pelos bombeiros norte-americanos. O investigador não revela qual o modelo e a marca do drone, mas acredita que o problema é transversal a outros equipamentos, escreve a Wired.

A falha de segurança está na falta de encriptação no sistema de comunicação entre a aeronave e o controlador do operador de voo. Isto permite um ataque man-in-the-middle, isto é, alguém com os recursos e conhecimento técnicos certos consegue intrometer-se na ligação e assumir o controle do drone.

Do ponto de vista dos recursos não é sequer necessário um grande investimento: basta um computador portátil, uma antena de rádio USB e estar no máximo a 1,6 quilómetros do drone. O valor da distância é baseado nas especificações da aeronave, já que Nils Rodday apenas fez o teste numa distância de dez metros.

As consequências são várias: é possível desativar o drone com apenas um botão; é possível mudar a localização da base de retorno; é possível ter total controlo sobre o voo da aeronave; ou num cenário mais grave, é possível sabotá-lo e usá-lo para atingir edifícios, objetos ou pessoas.

Há ainda um outro factor a considerar. O problema que existe é no chip de comunicação da aeronave e não é possível fazer uma correção do problema via software. Mesmo que fosse, isso alteraria de forma significativa a velocidade de comunicação entre o drone e o controlar, o que teria graves impactos no seu desempenho e controlo. E como foi explicado à publicação norte-americana só há uma solução para este caso: recolha dos drones para reparação em fábrica.

¹com SAPO/PT

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