Em nova fase da Operação Atlas, aeronaves A-1M se deslocam para Boa Vista (RR)

Com esse exercício, as Forças Armadas aperfeiçoarão sua capacidade de projetar e sustentar uma Força Conjunta em um dos ambientes mais desafiadores do país

Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielle Varela

A Força Aérea Brasileira (FAB) participa, nesta terça-feira (23/09), de mais uma fase da Operação Atlas. Idealizada pelo Ministério da Defesa, o treinamento tem como objetivo adestrar as tropas brasileiras na região amazônica, área de grande relevância geopolítica, garantindo a soberania do Brasil. Com essa iniciativa, as Forças Armadas aperfeiçoarão sua capacidade de projetar e sustentar uma força conjunta em um dos ambientes mais desafiadores do país.

Para tanto, três aeronaves de caça A-1M do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker), sediado da Base Aérea de Santa Maria (BASM), se deslocaram para Boa Vista (RR), para realizar a instrução e certificação de integrantes das 3 Forças como Guias Aéreos Avançados (GAA), com a missão de controlar aeronaves para a realização de apoio de fogo contra alvos de superfície.

Para o Comandante do Esquadrão Poker, Tenente-Coronel Aviador Edgar Barcellos Carneiro, a Operação Atlas é um exercício extremamente importante para a defesa do país, por colocar à prova planos e capacidade de mobilização e emprego conjunto. Ele explica que, com o emprego conjunto, explorando de forma sinérgica as potencialidades de cada Força Armada, é possível garantir a melhor defesa do nosso território. “Essa sinergia somente é possível através da realização de exercícios conjuntos, onde os militares têm a oportunidade de trocar experiências e conhecer mais a fundo as particularidades e modo de operação dos irmãos de armas”, completou o Comandante da unidade.

Tanto as aeronaves A-1M quanto os A-29 Super Tucano, do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv – Esquadrão Escorpião), sediado na Base Aérea de Boa Vista (BABV), irão cumprir a missão de Apoio Aéreo Aproximado (ApAA), em coordenação com os GAA, cada um com sua performance e características específicas.

O A-29 possui maior capacidade de permanência e menor velocidade, facilitando o contato visual e coordenação, ideal para cenários irregulares. O A-1M possui maior poder de fogo, maior performance e armamentos guiados, o que favorece em um cenário com maiores ameaças.

A presença do A-1M, em conjunto com o A-29, visa adestrar os GAA nos mais variados cenários, perfis de voo das aeronaves e diversidade de armamentos, garantindo uma qualificação completa e que explore o máximo da capacidade bélica das Forças Armadas.

Operação Atlas

A Operação Atlas é um exercício conjunto, coordenado pelo Ministério da Defesa, que reúne Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira em um esforço integrado para aprimorar a atuação das Forças Armadas no território amazônico. O exercício, que a partir da sua segunda fase ocorrerá no Amazonas, em Roraima, no Pará e no Amapá, envolve o deslocamento estratégico de recursos humanos e materiais de diferentes regiões do País para a Amazônia, com o objetivo de fortalecer a capacidade militar de atuação em uma das áreas mais estratégicas do Brasil.

A atividade contempla o emprego de meios terrestres, aéreos e fluviais, com a realização de ações em diferentes cenários: nos rios, em terra firme, no mar e no espaço aéreo. O foco é ampliar a interoperabilidade entre as Forças, ou seja, a capacidade de atuarem de forma coordenada e eficiente, além de testar os sistemas de Comando e Controle em um ambiente desafiador como a região amazônica.

A Operação Atlas representa uma otimização em relação a operações semelhantes anteriores. Está alinhada ao calendário regular de treinamentos do Ministério da Defesa e ao compromisso do Brasil com a proteção da Amazônia e a promoção da soberania nacional.

Fotos: Cabo Kassiel, Soldados Nogara e Alderete/ BASM

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