Uma comitiva do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), liderada pelo Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, participou de uma visita ao Asher Space Research Institute (ASRI), em Israel, nessa terça (10) e quarta-feira (11). O objetivo foi estabelecer um acordo de cooperação para capacitação, pesquisa e desenvolvimento do setor espacial no Brasil.
Participaram, também, da visita o Chefe do Centro Espacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Major Aviador Pedro Kukulka de Albuquerque; o Chefe do Departamento de Sistemas Espaciais do ITA, Professor Doutor Luis Vergueiro Loures da Costa; e o Coordenador do Grupo de Pesquisa de Engenharia de Sistemas Espaciais, Mecânica Orbital e Controle (E2MoC), Professor Doutor Willer Gomes dos Santos.
O ASRI faz parte do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion), Universidade de destaque no setor aeroespacial, dedicada à criação de conhecimento e desenvolvimento do capital humano. Entre seus pesquisadores estão quatro laureados com o prêmio Nobel.
O Brigadeiro Vital falou sobre a importância da relação da FAB com o Instituto, influente mundialmente no segmento. “A Technion possui dois Campus fora de Israel, o Jacobs Technion-Cornell Institute (JTCI), nos Estados Unidos, e o Guangdong-Technion Israel Institute of Technology (GTIIT), na China. A aproximação da Technion com o ITA é o prenúncio de desenvolvimento de recursos humanos altamente qualificados e de geração de tecnologias espaciais na fronteira do conhecimento, passos importantes para suportar as necessidades do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais [PESE] na Defesa e colaborar para o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro [PEB]”, disse.
Durante a visita, a comitiva interagiu com empresas israelenses dos setores de Defesa e Espacial, que participam ativamente das atividades do Campus. O Chief Executive Officer (CEO) da ImageSat (ISI), Noam Segal, afirmou que o investimento em Inteligência Artificial aplicada a satélites possibilita uma predição de atividades ilegais, principalmente na fronteira de grandes países como o Brasil. A empresa é responsável pelo satélite Eros-B, operado pelo Centro de Operações Espaciais (COPE), e vencedora do lote 1 da licitação de imagens de satélites para o governo brasileiro, realizada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).
Fotos: DCTA