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OCDE – Indústria do aço é pouco lucrativa

 


Assis Moreira | De Genebra


O excesso de capacidade de produção no setor siderúrgico, globalmente, elevou os riscos de conflitos comerciais, alertou o Comitê de Aço da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), reunido esta semana em Paris.

Subsídios continuam encorajando muitas siderúrgicas a manter altos níveis de produção, mesmo num mercado fragilizado, resultando em práticas de dumping. Outras medidas de apoio governamental procuram socorrer companhias em perigo.

Nesse cenário, conforme o presidente do Comitê, Risaburo Nezu, prossegue o declínio significativo do desempenho econômico do setor siderúrgico A industria de aço está entre as menos lucrativas na maioria dos países.

Nenhuma empresa está imune a mais dificuldades. Um alto excesso de capacidade de produção – hoje superior a 600 milhões de toneladas – ameaça a viabilidade de várias siderúrgicas Alem disso, vários projetos de investimentos avançam, enquanto o crescimento do consumo de aço deve continuar modesto. Além disso, piora o problema de abastecimento de matéria-prima. Para o comitê da OCDE, os próximos cinco anos serão críticos para o equilíbrio oferta-demanda.

No lado da demanda, a produção de aço cru da China deve crescer a uma taxa menor do que a dos níveis atuais, com impacto no mercado mundial. No lado da oferta, aumento de capacidade de minério de ferro e carvão metalúrgico (coking coal) deve deixar o mercado com excesso pelos próximos anos. No entanto, por causa do crescente custo de capital, nem todos os projetos anunciados poderão ocorrer.

O consumo global de aço cresceu 4,2% no primeiro trimestre refletindo alta no consumo aparente (venda interna e importações) da China, enquanto caia no resto do mundo.

As projeções são de crescimento do consumo de produtos siderúrgicos em 2,9% em 2013 e 3,2% em 2014. A alta prevista é de 0,4% nos países desenvolvidos este ano, após contração de 1,9% no ano passado. Nos países emergentes, o uso aparente pode subir 3,9%. O aumento na China seria de 3,5% e na América do Sul 6,1%.

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