Nelson Jobim torna-se sócio do Banco BTG Pactual

O BTG Pactual, banco que foi controlado por André Esteves, um dos presos da Operação Lava Jato, anunciou nesta terça-feira (26) que o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e ex-ministro da Justiça e da Defesa Nelson Jobim virou sócio da instituição. Jobim também passou a ser membro do conselho de administração do banco.

Ele vai ser responsável por relações institucionais e por verificar o cumprimento de leis e regulamentos do banco.

"A vinda do ministro Nelson Jobim é mais um importante passo em direção ao aprimoramento da gestão do BTG Pactual. Sua notável trajetória, experiência e conhecimento contribuirão para aperfeiçoar ainda mais a governança do banco", disse Persio Arida, presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual.

O ex-ministro tem no currículo passagens pelo governo federal e presidiu o Supremo Tribunal Federal. Ele também atuou como um dos principais consultores das defesas de empreiteiras acusadas na Operação Lava Jato. Jobim teria herdado atribuição que era de Márcio Thomaz Bastos até o advogado e ex-ministro morrer, em 2014.

Desde a prisão de Esteves, o BTG, que estava entre os maiores bancos do país, sofreu saques de investidores. Para conter a crise, foram vendidos ativos e parte da carteira de crédito. Esteves já foi solto voltou a trabalhar no banco.

Após ser citado em gravação de conversa entre o ex-senador Delcídio do Amaral e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o banqueiro foi preso sob acusação de envolvimento em trama para evitar delação de Cerveró.

No áudio, Delcídio diz que Esteves teria aceitado pagar R$ 1,5 milhão ao advogado que defendia Cerveró, Edson Ribeiro, desde que o BTG não fosse envolvido na Lava Jato.

Esteves negou as acusações e, em dezembro, deixou a prisão por "recolhimento domiciliar". Foi alvo de denúncia no STF acusado de impedir a investigação de infrações penais. A acusação foi pela República no Distrito Federal depois que o caso foi enviado à Justiça de Brasília.

Esteves voltou a trabalhar no banco por decisão do ministro do STF Teori Zavascki, que também revogou a "reclusão domiciliar" do banqueiro.

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