Bahia começa a testar modelo do Rio para ocupar favela violenta

Em operação com quase 300 policiais, o governo da Bahia iniciou ontem a ocupação do bairro do Calabar, em Salvador, com o objetivo de instalar a versão baiana das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio. Quatro pessoas foram presas.

A ocupação deve durar até o final de abril, quando a base comunitária -como são chamadas as UPPs baianas- será instalada no local.

"A intenção é que a ocupação ocorra de maneira pacífica, sem confrontos. Além da segurança, vai ser garantida a prestação de outros serviços à sociedade", disse Maurício Barbosa, secretário estadual da Segurança Pública.

Especialistas ouvidos pela Folha aprovam a instalação das UPPs, mas dizem que elas devem ser acompanhadas de "ações sociais efetivas" e de uma valorização dos policiais.
O projeto de implementar as UPPs em Salvador é uma mudança na política de segurança pública do governo do petista Jaques Wagner, agora em segundo mandato.

Segundo o governo baiano, o número de homicídios em Salvador e na região metropolitana aumentou 32,8% entre 2007 e 2010, sendo que a partir de 2009 o índice ficou praticamente estável.

Segundo o governo, 80% das mortes registradas estão ligadas ao tráfico de drogas.

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