Forças Armadas completam sete meses de atuação na Operação Covid-19

Tenente Carlôto

A Operação Covid-19 completou, na terça-feira (20), sete meses de combate ininterrupto à pandemia do novo coronavírus. Desde 20 de março, as Forças Armadas permanecem empenhadas no enfrentamento ao patógeno.

Por todo o Brasil, militares estão envolvidos em ações como arrecadação e distribuição de alimentos, transporte de respiradores, de materiais hospitalares e apoio a comunidades indígenas, com envio de profissionais de saúde e medicamentos.

Desde o início da operação, os militares desinfectaram quase 7 mil locais com grande circulação de pessoas e transportaram mais de 23 mil toneladas de equipamentos de proteção individual, respiradores e medicamentos.

Aproximadamente 110 mil indígenas já foram beneficiados com atendimento médico e com 43 mil toneladas de medicamentos e testes rápidos de Covid. A operação chegou a empregar, diariamente, cerca de 34 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, efetivo superior ao da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial.

A Operação desenvolve ações em apoio a órgãos de saúde em todo o País. Como exemplo disso, na segunda-feira (19), o Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério da Saúde, iniciou mais uma ação de assistência à etnia Yanomami, no estado de Roraima.

Profissionais de saúde das Forças Armadas prestam atendimento aos moradores das aldeias localizadas no entorno dos Polos Bases de Auaris, Surucucu e Boa Vista. A previsão é de que sejam atendidos cerca de 3 mil indígenas. Além disso, foram enviadas 4 toneladas de materiais, entre equipamentos de proteção individual, medicamentos e testes para a Covid-19.

O Almirante Carlos Chagas, porta-voz do Ministério da Defesa, explica como a pasta planeja e executa as ações da Operação Covid-19. “As Forças Armadas estão espalhadas em todo o território nacional. Isso dá uma capilaridade, uma capacidade de atuar prontamente no apoio à população.

E, para isso, foram estabelecidos 10 Comandos Conjuntos. Eles foram criados, exatamente, para facilitar o apoio à população. Então, eles são coordenados por meio de um centro de operações conjuntas, localizado no Ministério da Defesa e, ao mesmo tempo, eles interagem com os governadores dos estados e com os prefeitos, exatamente para identificar aquelas demandas que são mais prementes, de acordo com a fase da pandemia pela qual aquele estado, aquela cidade passa”, detalhou o oficial.

Ações em curso

As Forças Armadas continuam realizando ações de descontaminação em todo o País. No Comando Conjunto Nordeste (CCj NE), a equipe de apoio à Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) do Parque Regional de Manutenção da 10ª Região Militar (Pq R Mnt/10) descontaminou as instalações do Centro de Hematologia e de Hemoterapia do Ceará (Hemoce), localizado na capital cearense.

Para isso, foi utilizada solução à base de hipoclorito de sódio nas áreas de uso mais frequente do Hemoce, como a área de triagem de doadores, as salas de coleta de sangue, os banheiros, escritórios, depósitos e as áreas internas. Já o Comando Conjunto Leste (CCj L), por meio da Marinha, desinfectou as estações de trem da SuperVia. Desta vez, foram descontaminadas as estações de Mesquita e Edson Passos, localizadas na região metropolitana do Rio de Janeiro, a fim de prevenir a disseminação da Covid-19 no local, protegendo, assim, tanto passageiros quanto funcionários da empresa.

A atividade foi executada por 10 militares do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), que realizaram a ação em instalações internas, plataformas, assentos e escadas das estações, totalizando uma área de 7200 m². Até o momento, O CCj L já realizou ações de desinfecção em 21 estações da SuperVia.


 

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