Coup d´FHC – Falta um General Millei

Nota DefesaNet

Iniciamos duas séries especiais:

1 – Coup d´Presse – contendo publicações da imprensa contra as Forças Armadas, sempre com intuito de desinforma e desestabilizar,

E iniciamos e a segunda:

2 – Coup d´FHC – com as ações conduzidas pelo ex-presidente com o objetivo de desestabilizar o Brasil e o Governo Constituído e as Forças Armadas.

O Editor

Nota do Editor

A matéria de Veja é similar a de outras quie seguem amesma linha de "Editorial FOFO", dentro do padrão politicamente correto.

Observar as ofensas aos militares da ativa e reserva.

O Editor

Roberto Pompeu de Toledo

20 Junho 2020

Veja.com

A sociedade Bolsonaro & Filhos está a caminho de tornar-se apenas a fachada folclórica do processo a que, bestifcados, assistimos. Imperioso mesmo, para quem se importa com a saúde das instituições e a sobrevivência da democracia, é prestar atenção nos militares.

 

Nas Páginas Amarelas da última VEJA, um dos generais do Planalto, Luiz Eduardo Ramos, afrmou: “(…) é ultra jante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático.

O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora, o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”.

Vivemos uma quadra em que, como na ditadura, se impõe dissecar cada vírgula, nas palavras dos o?ciais.

Cinco episódios recentes em que a corda foi esticada são:

 

1. Presença do presidente em atos pró-ditadura;

2. Exposição, na famigerada reunião ministerial de 22 de abril, da intenção de armar a população;

3. Sistemática sabotagem dos esforços de combate à pandemia de Covid-19;

4. Tentativa de fraudar os números de vítimas da pandemia, e,

5. Incitação à invasão de hospitais destinados a infectados.

As duas primeiras convidam ao golpe e à guerra civil. A terceira e a quarta atentam contra a saúde da população. A quinta desvela uma mente insana, e todas as cinco são esticadas de corda do gênero monstruoso.

A menção ao “outro lado”, segundo tópico a ressaltar na fala do general, vale mais pelo que oculta. Se existe um “outro lado”, ao qual as Forças Armadas não permitirão que estique a corda, é porque elas ocupam o lado oposto. Estamos diante de uma concessão.

A de que as Forças Armadas, contra tudo o que rege a teoria a respeito de sua natureza, têm um lado. O ministro do STF Luís Roberto Barroso costuma argumentar que a confusão entre governo e Forças Armadas é uma impossibilidade lógica. Se assim ocorresse, sendo o governo derrotado numa eleição, seguir-se-ia o inconcebível — as Forças Armadas serem derrotadas. O argumento falha quando se recorda que militares no governo podem:

(1) cancelar eleições, como na ditadura de Getúlio, ou

(2) torná-las mansas e de resultado predeterminado, como na ditadura militar.

 

Vivemos os trinta primeiros anos do atual período republicano sem saber o nome dos generais de plantão. O último de que tivemos notícia foi o do general Leônidas Pires Gonçalves, que deu palpites no período da transição democrática. Hoje eles voltam ao procênio, e o primeiro a fazê-lo foi o general Eduardo Villas Bôas, então comandante do Exército. Em abril de 2018, tempo de pré-campanha eleitoral, ele lançou nota de advertência ao STF na véspera do julgamento da legalidade da prisão em segunda instância cujo resultado

poderia livrar o ex-presidente Lula da prisão.

 

Hoje os militares crescem no governo (são quase 3 000) num ritmo que ameaça o venezuelano, ao mesmo tempo que, como no período do segundo Getúlio ou de Jango, multiplicam-se seus manifestos e notas — explícitas e cafajestes da parte dos militares de pijama, ambíguas e ameaçadoras quando dos palacianos.

Que querem os militares? Eis a questão. É intuitivo supor o que não querem — a volta da esquerda ao poder. O horror do Lula parece ter substituído na cabeça deles o horror ao comunismo. Espanta que, em nome dessa causa, avalizem um tipo como Bolsonaro, e deem respaldo não só às esticadas de corda enumeradas acima como a políticas que vão da degradação do meio ambiente ao desprezo racista de camadas da população. O “bestificados” escrito na primeira frase deste texto alude ao famoso comentário do político e jornalista Aristides Lobo sobre o passeio a cavalo do marechal Deodoro que passou à história como “proclamação da República”: “O povo assistiu a tudo aquilo bestifcado, atônito, surpreso (…)”.

É uma sina do povo brasileiro assistir “bestifcado” a movimentos dos militares. Falta-nos, nesta difícil hora, um general Milley, o chefe do Estado-Maior Conjunto americano que se desculpou por ter participado de uma presepada do presidente Trump. Um Milley, cioso de seu papel e da dignidade da farda, seria decisivo para a nossa democracia e iria além. Poderia salvar o próprio Exército do que ameaça se revelar uma das maiores frias de sua existência.

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