Covid-19: Guerra ininterrupta contra inimigo invisível completa 1 ano

Viviane Oliveira E Margareth Lourenço

Neste sábado, 20 de março, a Operação Covid-19 completa um ano. São 365 dias em que militares, homens e mulheres, concentraram esforços no combate à pandemia por todos os recantos do país e em diversas frentes. Ativada pelo Ministério da Defesa, conforme diretriz do Presidente da República, Jair Bolsonaro, a iniciativa coordena as ações das Forças Armadas no combate à pandemia e ocorre em apoio ao Ministério da Saúde e aos governos dos estados.

De Norte a Sul do País, os militares atuam simultaneamente em diversas frentes e, com sua grande capacidade logística, têm contribuído decisivamente no apoio às necessidades da população. O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, avalia positivamente o desempenho das Forças Singulares na força-tarefa e assegura que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica seguirão lutando. “Enquanto se fizer necessário, as Forças Armadas estarão na linha de frente desta guerra contra o inimigo invisível”, enfatiza.

Na verdade, a participação militar teve início em fevereiro do ano passado, quando um grupo de brasileiros foi resgatado de Wuhan, na China, primeiro epicentro da doença. Desde então, os militares estão à frente de diversas iniciativas, como a descontaminação constante de locais públicos, distribuição de cestas básicas, organizando campanhas de conscientização e de doação de sangue.

Mais recentemente, os militares foram fundamentais para levar oxigênio, por rios, estradas e pelo ar, não só para pacientes em Manaus, como de outros estados da Região Norte, bem como transferindo doentes para capitais com disponibilidade de leitos. Transportaram também, em tempo recorde, as doses de vacina que chegavam ao Brasil.

Para que as demandas possam ser atendidas, um planejamento minucioso foi organizado. O Ministério da Defesa acionou o Centro de Operações Conjuntas e o Centro de Coordenação de Logística e Mobilização. Ao mesmo tempo, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente. Essas estruturas funcionam 24h, todos os dias.

E como toda a missão demanda grande organização, cerca de 34 mil militares têm se dedicado à Operação Covid-19. Os voos para apoio logístico transportaram oxigênio, respiradores, medicamentos, vacinas, equipes de saúde e pacientes. Os deslocamentos, em um ano, correspondem a 55 voltas inteiras ao redor do planeta.

O Ministro Azevedo destaca que, desde o início da operação, “as Forças Armadas só intensificaram as ações e correm contra o tempo para atender às necessidades de toda a população brasileira. As três Forças atuam no limite das suas capacidades salvando e preservando vidas”, reforça.

Assim, até o momento, as Forças Armadas promoveram 15,5 mil campanhas de prevenção, produziram 748.183 máscaras de proteção, doaram 318.120 kits de higiene e de mais de 1,2 milhão de cestas básicas. Em um ano, 36 mil pessoas foram capacitadas para a descontaminação de locais públicos e no tratamento de pacientes infectados. Foram descontaminados mais de 8,3 mil pontos pelo Brasil, incluindo hospitais, estações de trem, pontos turísticos, dentre outros.

Em paralelo, ocorrem ações específicas para minimizar os impactos da propagação da doença. Dentre elas, campanhas para doação de sangue que mobilizaram mais de 41 mil militares voluntários para reverter a baixa dos estoques nos hemocentros em diversas regiões metropolitanas.

A distribuição de oxigênio para hospitais, especialmente no Amazonas, teve início em janeiro deste ano. Foram transportados mais de 6.039 cilindros de oxigênio, 861 tanques de oxigênio líquido e 44 usinas de produção do insumo e 200 respiradores. Os respiradores foram produzidos, a baixo custo, por uma parceria entre a Marinha e a USP. Outras 20,3 toneladas foram somadas em medicamentos e hospitais de campanha para Manaus, Curitiba e Porto Alegre. Os militares também evacuaram mais de 750 pacientes.

Destaca-se o apoio às equipes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) durante o processo de imunização em comunidades de difícil acesso. O auxílio das Forças Armadas possibilitou a imunização de 157 mil indígenas.

Em outra frente, a Pasta mobilizou a Base Industrial de Defesa para que empresas adaptassem seus processos produtivos e passassem a fornecer itens necessários ao combate à pandemia, como álcool em gel e máscaras de proteção. A iniciativa ainda possibilitou o conserto de milhares de respiradores que estavam parados.

Um ano depois, as ações continuam. A população brasileira pode continuar confiando e contando com a disponibilidade das Forças Armadas no enfrentamento dessa doença enquanto for necessário.

 

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