PANWAR – Vaccine Power – Europeus questionam Biden por não liberar vacinas dos EUA

No francês Le Monde, "Uma quarta vacina para os europeus, mas problemas de entrega à vista". No alemão Handelsblatt, "o início da entrega ainda não está claro".

Ou seja, a aprovação da americana Johnson & Johnson não muda o quadro de falta de vacinas na União Europeia, que já enfrentava o corte das americanas Pfizer e Moderna.

E a britânica AstraZeneca, que havia reduzido as entregas à UE para menos da metade, vai cortar mais, diz o britânico Financial Times.

As notícias vieram no rastro de um comunicado da Comissão Europeia, assinado por seu presidente, o belga Charles Michel:

"Os fatos não mentem. O Reino Unido e os Estados Unidos estão impondo uma interdição completa à exportação de vacinas e componentes produzidos em seus territórios."

O New York Times noticiou a "acusação" europeia, publicando na quinta a confirmação de que Boris Johnson "não está exportando vacinas", assim como Joe Biden:

"Os EUA também têm segurado, por meio de um mecanismo de guerra chamado Lei de Produção de Defesa, que dá ao governo controle sobre a produção industrial. Biden prometeu que todos os americanos adultos terão uma dose até maio."

Os sites Politico e Axios, que cobrem bastidores de Washington, vêm destacando a pressão do Congresso, inclusive democratas, para que Biden imponha sanções à Alemanha de Angela Merkel devido ao gasoduto Nord Stream 2, que vai levar gás russo à União Europeia.

Um senador republicano anunciou que vai impedir a nomeação do novo diretor da CIA até começarem as sanções.

O Wall Street Journal noticiou a ampliação, pelo novo governo, de uma força-tarefa do Departamento de Justiça voltada para a corrupção ao redor do mundo, agora com 39 procuradores.

Destacou a chegada da advogada Lauren Kootman, que era do escritório Orrick, Herrington & Sutcliffe. Ela "monitorou a petroquímica brasileira Braskem, que em 2016 concordou em pagar US$ 3,5 bilhões para resolver acusações de suborno com autores dos EUA e do Brasil".

O WSJ sublinha que, mais uma vez, "as peças estão no lugar para uma aplicação agressiva da lei [americana] sobre corrupção no exterior".

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