Comentário Gelio Fregapani – Pandemia e Política

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Comentário Geopolítico

Pandemia e Política

Muito se falou sobre a pandemia; no final o que se viu foi que o vírus se tornou ainda mais maligno com as medidas para contê-lo, a começar pelas decisões do STF que, já de início sob suspeita de motivação política, tornou-se evidente quando governadores e prefeitos de oposição aproveitaram o pretexto para quebrar a economia, de forma que o governo do Bolsonaro não desse certo. Uma criminosa orquestração contra certa medicação indicada pelo Presidente aumentava exponencialmente o número de óbitos enquanto as medidas de isolamento impostas procuravam amedrontar as pessoas e até causar pânico.

Felizmente a maioria da população já compreendeu que existiram governadores e prefeitos que sacrificaram a economia e mesmo vidas só para prejudicar o provável projeto eleitoral do Presidente.

Agora que as evidências estão apontando para o final da pandemia, a médio prazo, o nosso País necessitará de união para voltar a atuar em busca de nossos Objetivos  Nacionais e para isto precisará de união, mas será possível a união depois da felonia da oposição em aproveitar a pandemia para acusar o Presidente das mortes que ele tentou evitar e até desejar a sua morte? Uma possibilidade seria a escolha de Objetivos para os quais não haja opositores ou pelo menos que sejam aceitos em uma campanha de esclarecimento

Noções de Geopolítica aplicada

Todos Estados (países) têm objetivos nacionais seja, por exemplo, manter o que já conseguiu (territórios, status de potência, etc) ou seja conseguir algo que ambicione. A Escola Superior de Guerra codificou essa doutrina classificando como um dos nossos objetivos principais o de manter a integridade territorial. Entre outros objetivos poderíamos identificar o desenvolvimento ou ainda a paz social.

A mesma Escola chama de “óbices” as circunstâncias que prejudiquem a manutenção ou o alcance de algum dos Objetivos, por exemplo, despovoamento de uma vasta região por si é um óbice tanto ao desenvolvimento quanto a manutenção da integridade do território, mas quando essa circunstância for aproveitada por uma vontade adversa são criadas pressões, que podem ser fortes suficientes para serem consideradas ameaças.

Está sendo executada no mundo desenvolvido, já há vários anos, uma pressão maciça contra o Brasil que a cada dia fica mais articulada. Seu objetivo tem sido claro: dominar as riquezas minerais das serras da nossa fronteira Norte, mesmo que para isto tenha que ser relativizada ou neutralizada a nossa soberania sobre a parte da Região Amazônica onde se concentram esses recursos – exatamente nas reservas indígenas, criadas precisamente com a finalidade de relativizar a soberania brasileira, como o caminho para assegurar o acesso aos minerais desejados sob condições mais favoráveis.

Naturalmente restarão outras opções sobre a mesa deles, tais como o suborno, a chantagem e até a manu militari. Tudo depende da proporção da análise do conhecido “custobenefício”.

Se quisermos ter sucesso em nossa Política (integridade territorial) teremos que ocupar e desenvolver as regiões desabitadas, especialmente as que contém as jazidas e outros recursos naturais ambicionados. Recentemente foram publicadas duas pequenas notícias que mostram um caminho para o desenvolvimento e ocupação: Na localidade de Sinop uma usina de etanol já está fornecendo diretamente seu produto ao consumidor a preço muito baixo, sem intermediários criando empregos e promovendo o desenvolvimento. A outra notícia recém publicada é a preparação da exploração de gás em Azulão na Amazônia, por empresa brasileira e que abastecerá a área e até mais.

Assim, com a indústria vivificando a região ao lado do agronegócio moderno que avança cada vez com melhor tecnologia, a região será desenvolvida e integrada, mas não nos ufanemos demasiadamente, pois esses eventos acontecem ao sul da calha do rio Amazonas, onde a presença brasileira começa a se fazer presente. Entretanto é ao norte das cachoeiras dos rios da margem esquerda é que estão as jazidas, em terras transformadas em terras indígenas.

A opção mais vantajosa para um eventual inimigo seria apoiar militarmente a independência de certos grupos indígenas cujas terras contenham as jazidas, como a  Ianomami, para exemplificar.

Para neutralizar uma atuação militar de um inimigo muito mais poderoso, nas longínquas terras ianomâmis, não bastariam as guerrilhas que nos preparamos para desencadear. Para dissuadir são indispensáveis meios capazes de causar dano ao inimigo em próprio território, tal como mísseis intercontinentais, inclusive em submarinos, como preconiza o Cel. Paulo Paiva.

É claro, que se já tivéssemos armas nucleares essas pressões não existiriam; só existem por causa das decisões do Collor em aterrar o poço do Cachimbo e do FHC em renunciar ao desenvolvimento sem contrapartida.

Enfim, existem tratos e distratos e todos que se interessam pela política externa sabem bem a diferença que faz a posse destes engenhos.

Gelio Fregapani

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