URGENTE – Presidente do Haiti é assassinado em casa, segundo governo do país

O presidente em exercício do Haiti foi morto em sua casa na madrugada desta quarta-feira,0 7JUL2021, segundo informou o governo do país.

Jovenel Moïse foi morto em sua residência particular por volta da 1 hora local (6 horas de Brasília) por um grupo de agressores, disse o primeiro-ministro haitiano, Claude Joseph, em um comunicado nesta quarta.

A nota não identificou os agressores. A primeira-dama, Joseph Jouthe, também foi ferida por bala no ataque, informou o comunicado.

A mais recente crise política no Haiti teve início na última eleição presidencial, realizada em 2015. No país, o mandato do presidente dura cinco anos e começa no dia 7 de fevereiro do ano seguinte às eleições.

As eleições de outubro daquele ano terminaram com a vitória Moïse no primeiro turno, mas a votação foi anulada após denúncias de fraude. Declarado vencedor na eleição organizada um ano depois, Moïse assumiu o cargo apenas em 7 de fevereiro de 2017.

O "atraso" de um ano no início do mandato, entretanto, causou uma controvérsia constitucional: Moïse defendia ter direito a um mandato de 60 meses, enquanto a oposição afirmava que o presidente teria que sair do poder em fevereiro, cumprindo o prazo referente à eleição de 2015.

"Minha administração recebeu do povo haitiano um mandato constitucional de 60 meses. Esgotamos 48 deles. Os próximos 12 meses serão dedicados à reforma do setor energia, realização do referendo e organização das eleições", tuitou Moïse na ocasião.

Em fevereiro deste ano, Jovenel Moïse sofreu uma tentativa de golpe, em meio a controvérsias sobre o fim do seu mandato. "Agradeço ao responsável pela minha segurança e pela do palácio. O sonho dessa gente era atentar contra minha vida. Graças a Deus isso não ocorreu. O plano foi abortado", disse Moïse à época.

Mais de 20 pessoas foram presas durante a suposta tentativa de golpe, entre elas o juiz do Tribunal de Cassação — maior instância da Justiça haitiana — Ivickel Dabrésil e a inspetora geral da polícia nacional, Marie Louise Gauthier. "O juiz organizou um complô para dar um golpe de Estado para desestabilizar o país", disse na ocasião o ministro da Justiça, Rockefeller Vincent.

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