Caças romenos e Eurofighter Typhoon da Alemanha, operando sob comando integrado da Otan, foram acionados na tarde de terça-feira após um drone russo penetrar mais profundamente do que nunca no espaço aéreo da Romênia. O episódio, classificado por Bucareste como uma “nova provocação russa”, marcou a 13ª violação registrada desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022.
De acordo com o ministro da Defesa romeno, Ionut Mosteanu, as aeronaves aliadas chegaram a se aproximar do ponto de abater o drone, que cruzou repetidas vezes a fronteira, mas optaram por não engajar o alvo devido ao risco de danos no solo. Fragmentos do artefato — que não possuía carga explosiva — foram posteriormente localizados em território romeno.
“Estamos lidando com uma nova provocação russa contra a Romênia, um drone que o Exército romeno e os Eurofighters alemães tentaram abater”, declarou Mosteanu. “Minha suposição é que os pilotos analisaram os possíveis danos colaterais e decidiram não se envolver.”
A incursão ocorreu enquanto drones russos atacavam portos ucranianos às margens do Danúbio, diretamente em frente ao território romeno. Apesar de a Otan não possuir uma força aérea própria, a defesa do espaço aéreo do flanco leste é realizada por um sistema de policiamento aéreo no qual diversos países-membros fornecem caças em regime de rotação.
Embora a Romênia já tenha registrado outras violações desde 2022, esta foi a mais profunda e a primeira a ocorrer durante o dia. O país, que compartilha 650 km de fronteira com a Ucrânia, tornou-se um ponto crítico do conflito, servindo como corredor logístico para apoio ocidental a Kiev e abrigando sistemas de defesa aérea aliados.
Autoridades romenas afirmam que seguem coordenando avaliações técnicas com parceiros da Otan para determinar a origem exata e a trajetória do drone.
Fonte: Agência Reuters
