Estônia quer mais tropas da OTAN para defender Báltico, mas com base fora da região

A Estônia espera que a cúpula da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) da próxima semana em Madri designe unidades adicionais para sua defesa, mas as tropas não ficarão hospedadas em seu solo, disse a primeira-ministra estoniana, Kaja Kallas, à Reuters.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, os Estados bálticos Estônia, Letônia e Lituânia vêm pedindo que sua região receba o maior acúmulo de forças da OTAN prontas para o combate na Europa desde o fim da Guerra Fria, temendo que possam ser os próximos.

Diplomatas e autoridades de alto escalão de aliados da OTAN disseram à Reuters que a demanda do Báltico é inviável, em parte porque as propostas surgem no momento em que a aliança enfrenta uma série de demandas não vistas em décadas: desde combater Rússia e China no Ártico até reprimir insurgências islâmicas no Sahel.

Reconhecendo que a Estônia não receberia tropas da OTAN estacionadas lá, Kallas disse que as tropas aliadas poderiam ser enviadas para a Estônia "dentro de horas", se necessário.

"Considerando a mobilidade das forças no momento e o quão difícil é enviar tropas permanentemente, propusemos essa estrutura de forças alocadas", disse Kallas, de Tallinn, na noite de quarta-feira.

"Há tropas, por exemplo, no Reino Unido ou em outros aliados, mas… se algo acontecer, eles podem vir aqui e nos defender imediatamente desde o primeiro dia."

A Reuters entrou em contato com a OTAN em busca de um comentário. O Reino Unido disse na semana passada que poderia enviar mais tropas para a Estônia e liderar uma brigada lá, ecoando os planos alemães na Lituânia, antes da cúpula da OTAN para acertar os desdobramentos no flanco leste da aliança em resposta à guerra da Rússia na Ucrânia.

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