
COBERTURA ESPECIAL - OTAN - Geopolítica
OTAN e UE querem trabalhar com Biden para fortalecer laços com os EUA
A OTAN e a União Europeia (UE) manifestaram nesta terça-feira (19) o desejo de trabalhar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, para estreitar os laços com os Estados Unidos, afirmou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
"Esperamos trabalhar com o presidente eleito Joe Biden para fortalecer ainda mais os laços entre os Estados Unidos e a Europa, pois enfrentamos desafios globais que nenhum dos dois pode enfrentar sozinho", tuitou Stoltenberg.
O ex-primeiro-ministro norueguês deu estas declarações após um jantar de trabalho com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na véspera da posse de Biden.
Stoltenberg convidou Biden a participar de uma cúpula da OTAN, sem data especificada. Michel também propôs organizar um encontro do futuro presidente dos Estados Unidos com seus pares da União Europeia (UE).
A UE, dos quais 21 de seus 27 países também fazem parte da Aliança Atlântica, e a OTAN têm sedes em Bruxelas. O objetivo seria organizar as duas reuniões no mesmo período, revelou uma fonte diplomática.
EUA revisará designação de huthis iemenitas como grupo terrorista, diz Blinken
"Proporíamos revisá-lo de forma imediata para nos assegurar que o que estamos fazendo não impeça a prestação de assistência humanitária", disse Blinken em sua audiência de confirmação perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado.
O governo do presidente em fim de mandato Donald Trump anunciou a medida em 11 de janeiro, nove dias antes de Biden tomar posse, marcada para esta quarta-feira.
A ONU e grupos humanitários alertaram que isso pode piorar uma crise humanitária já muito séria.
Os huthis, apoiados pelo Irã, enfrentam uma ofensiva sangrenta liderada pela Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, e milhões de iemenitas dependem da ajuda humanitária internacional para sobreviver.
Os huthis, que controlam grande parte do norte do Iêmen devastado pela guerra, advertiram nesta terça-feira que responderão a qualquer ação contra eles, após serem classificados de "terroristas" pelos Estados Unidos.
"Estamos prontos para tomar todas as medidas necessárias contra qualquer ato hostil", disseram em um comunicado.
Espera-se que essa classificação interrompa muitas transações com as autoridades huthis, incluindo transferências eletrônicas e pagamentos a trabalhadores da saúde, de alimentos e combustível, em meio a temores de retaliação dos Estados Unidos.
Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu a Washington que reverta a medida.
"Nossa posição sobre isso não mudou", disse Dujarric. "Pedimos ao governo (dos Estados Unidos) que revogue essa decisão."
“Desde o início nossa preocupação, que expressamos de forma muito clara, é o impacto no setor comercial”, explicou. "A grande maioria dos alimentos e outros suprimentos básicos entram no Iêmen pelo setor comercial", concluiu.