ONU saúda entrada em vigor do Tratado de Proibição de Armas Nucleares

Este é o primeiro acordo multilateral de desarmamento nuclear em mais de duas décadas; para secretário-geral,  eliminação deste tipo de armamento continua a ser prioridade da oganização; à exceção de Portugal, todos os países lusófonos aderiram ao Tratado. 

O Tratado de Proibição de Armas Nucleares, o primeiro acordo multilateral de desarmamento nuclear em mais de duas décadas, entrou em vigor em 22 de janeiro 2021.  

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, diz que o Tratado “representa um passo importante para um mundo livre de armas nucleares e uma forte demonstração de apoio às abordagens multilaterais do desarmamento nuclear.” 

Sociedade civil

O documento, adotado em 7 de julho de 2017, entrou em vigor após ser ratificado por 50 Estados-membros, a quantidade mínima exigida para tal.

Ao todo, 86 países já firmaram o Tratado. Todas as nações de língua portuguesa à exceção de Portugal assinaram o documento: Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O chefe da ONU cumprimentou todos os Estados-membros que adotaram o documento, bem como o papel fundamental da sociedade civil no avanço das negociações e na entrada em vigor.

Guterres contou que “os sobreviventes das explosões e dos testes nucleares partilharam testemunhos trágicos e foram uma força moral fundamental para o Tratado.” Segundo ele, “a entrada em vigor é um tributo à sua causa.”

Próximos passos

O secretário-geral disse esperar que as funções atribuídas pelo documento se tornem realidade, incluindo a preparação da primeira Reunião dos Estados-Partes.

Para Guterres, “as armas nucleares representam perigos crescentes e o mundo necessita de ações urgentes para garantir a sua eliminação e prevenir as consequências catastróficas para a Humanidade e para o ambiente que seu uso poderia causar.”

Segundo o chefe da ONU, “a eliminação das armas nucleares continua a ser a maior prioridade de desarmamento das Nações Unidas.” 

Ele apelou ainda a todos os Estados para que “cooperem na concretização desta ambição de promover a segurança comum e a proteção coletiva.”

NOTA – Clique nba imagem para acessar o documento

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