ANGRA 3 – Assinado Contrato de Montagem

 

Site Petronotícias


Foi assinado na terça-feira (2) o contrato de montagem eletromecânica da Usina Nuclear Angra 3, que vinha sendo adiado há muito tempo, já tendo gerado uma série de atrasos nas previsões de entrada em operação da unidade. É um alívio para as empresas epecistas, para a Eletronuclear e para o planejamento da matriz energética brasileira, que sofre com a falta de energia firme no horizonte dos próximos anos. Depois de uma longuíssima via crúcis, com direito a muitos processos judiciais, questionamentos do Tribunal de Contas da União e novas negociações, as empresas poderão começar a trabalhar.

No início de junho os consórcios se uniram e chegaram a um acordo com a Eletronuclear, que queria um desconto de 15% no valor total, mas aceitou fechar em 6%. A assinatura ficou para depois da Copa do Mundo e agora foi levada a cabo. O preço final ficou em R$ 2,63 bilhões de reais, um desconto de mais de R$ 163 milhões.

O consórcio responsável pela montagem da usina é composto por EBE, Techint, Queiroz Galvão, que inicialmente tinham ficado com os serviços associados aos sistemas nucleares, e a Andrade Gutierrez, a Odebrecht, a Camargo Corrêa e a UTC Engenharia, que eram responsáveis pelas obras dos sistemas convencionais. O prazo inicial para a usina entrar em operação seria 2018, depois da decisão da mudança no projeto que passou de analógico para digitas, aumentando ainda mais a sua segurança. Com mais o atraso para a assinatura do contrato de montagem, especialistas acreditam que a operação será iniciada somente em 2019.

A usina nuclear Angra 3 fará parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, e terá capacidade para gerar 1.405 MW. A Central Nuclear já conta com as usinas Angra 1, com potência de 640 MW, e Angra 2, de 1.350 MW, que somadas geram o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro e representam 3% da geração nacional. A primeira foi inaugurada em 1985 e a segunda, em 2001.

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