VF-1: a necessidade de se modernizar

Bela foto de um A-1 sobrevoando o Atol das Rocas – Foto Marinha do Brasil


Nelson During
Editor Chefe – DefesaNet
Artigo alterado em 24 Novembro 2025 Incluida foto do NAe A-12 São Paulo com S-2 Tracker da Armada Argentina

A Marinha do Brasil é a única força aeronaval no mundo que ainda mantem em serviço o McDonnell Douglas A-4 Skyhawk. O avião foi desenvolvido há 70 anos e teve seu apogeu operacional durante a guerra do Vietnã. Hoje, o avião não tem qualquer condição de cumprir missões no moderno teatro de operações aeronavais.

O Primeiro Esquadrão de Interceptação e Ataque opera atualmente um número muito reduzido de aeronaves. Dos 23 jatos adquiridos do Kwait em 1998, 12 foram escolhidos para serem modernizados pela Embraer em 2009, porém o número caiu para 9 unidades, mas somente 6 aeronaves (quatro monoplaces e 2 biplaces) foram modernizadas.

Dois jatos sofreram acidentes, o que deixou a Marinha do Brasil com apenas 4 aeronaves modernizadas. Atualmente somente três aeronaves estão em condições de voo, embora a idade avançada das células aumentem o custo da sua operação e os suprimentos são cada vez mais difíceis de se encontrar no mercado internacional.

Sobrevoo de um A-1 durante a Operação Atlas 2025, Campo de Instrução de Formosa / GO Foto Marinha do Brasil

Com a necessidade de proteger e dar cobertura aérea aos navios da Esquadra dentro e além da Zona Econômica Exclusiva, ser capaz de operar e lançar aeronaves a partir de bases no território e principalmente a partir do Arquipélago de Fernando de Noronha, realizar missões de reconhecimento armado e apoio aéreo aproximado aos Fuzileiros Navais, cresce a necessidade e urgência para substituição dos meios atuais por modernas aeronaves, capazes de manter a operacionalidade do esquadrão, a continua formação e o treinamento avançado de pilotos aeronavais, e ser a transição para plataformas mais complexas no futuro, quando a Marinha volte a operar um navio aeródromo.

Nos conflitos modernos, a aviação de combate naval tem ganhado destaque, já que a proteção contra a ameaça de drones a jato, as operações de ataque terra-superfície e a necessidade de operar a partir de ilhas tem se mostrado fundamental para o sucesso das operações navais.

A Marinha deveria tratar a substituição do VF-1 como um prioridade, principalmente pela atual situação geopolítica no Caribe e Atlântico Sul e a possibilidade futura do emprego da Marinha do Brasil na defesa dos interesses nacionais brasileiros, seja na proteção das ilhas, como Fernando de Noronha, ou na defesa dos interesses e meios navais em zona costeira e além da ZEE

Porta Aviões NAe A12 São Paulo foi desativado em 2018. Mesmo sem um Navio-Aerodromo o VF-1 deve manter uma capacidade

Uma foto que deve ser relembrada; No convôo do Navioi-Aeroódromo NA A-12 São Paulo aeronaves do VF-1 e um S-2 Tracker da Armada Argentina pronto para ser catapultado,

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