Forças navais de 13 países participam do exercício UNITAS no Peru

Pedro Hurtado Cánepa

Marinhas de 13 países recentemente visitaram águas peruanas para participar da etapa do Pacífico do Exercício Multinacional UNITAS 55, com o objetivo de fortalecer a cooperação na luta contra o tráfico internacional de drogas e outros crimes transnacionais.

“Conseguimos mostrar que, trabalhando em conjunto, podemos combater ameaças comuns que afetam nossos países”, diz o contra-almirante César Linares Roca, comandante da Força de Superfície da Marinha de Guerra do Peru.

Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana, El Salvador, Honduras, Itália, México, Nova Zelândia, Panamá, Peru, Reino Unido e Estados Unidos participaram das atividades, realizadas de 11 a 26 de setembro.

Os exercícios envolveram treinamento em guerra eletrônica, táticas antiaéreas e antissubmarinas, interdições e manobras de superfície. As atividades ocorreram em duas etapas. A primeira incluiu exercícios de guerra navais; a segunda envolveu uma simulação onde os participantes entraram em confronto com barcos civis que cometiam crimes. Nesses exercícios, unidades de diferentes marinhas formaram uma coalizão e cooperaram na realização de missões para conter barcos envolvidos em atividades criminosas, como o narcotráfico.
 

“Realizamos várias operações de interdição contra unidades que simulavam ser mercadores ou pescadores, com base em um suposto cenário de atividades ilegais e pirataria, o que nos permitiu treinar as partes de planejamento, condução e execução das ações de luta contra as novas ameaças existentes no mundo”, diz o capitão Renato Antonioli Ríos, da Marinha Peruana.

Solidariedade no Hemisfério

A ideia do UNITAS surgiu durante a Primeira Conferência Naval, realizada em 1959 no Panamá no âmbito do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Mas suas metas mudaram desde então.

“O UNITAS evoluiu ao longo do tempo. Atualmente, nosso objetivo é estar preparados para enfrentar atividades criminosas que afetam os países da região. Além das tarefas operacionais navais típicas, nos últimos anos também nos preparamos para enfrentar situações de crises assimétricas, como narcotráfico, contaminação ambiental e pesca ilegal”, diz Antonioli.

Os exercícios não apenas oferecem treinamento para a ação naval contra crimes no mar – eles também promovem relações amistosas e a cooperação entre os países aliados. As sedes variam a cada ano. As forças navais latino-americanas sempre participaram dos exercícios em cooperação com a Marinha dos Estados Unidos.

“Foi uma oportunidade magnífica de aplicar nossas capacidades materiais e humanas para o que treinamos, exigindo o profissionalismo de um grupo humano bem-fortalecido”, afirma Rodrigo Solar Infante, capitão de fragata da Marinha Chilena.

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