Fragata “Independência” assume como novo capitânia da Força-Tarefa Marítima no Líbano

Comandante Cleber Ribeiro


A Marinha do Brasil comanda, desde fevereiro de 2011, a Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). E em continuidade à participação brasileira na missão, no último dia 15, em cerimônia no porto de Beirute, a Fragata “Independência” assumiu como novo capitânia da Força. Até setembro, irá impedir a entrada, em território libanês, de armas ilegais e contrabandos, além de prestar apoio para o desenvolvimento da Marinha do Líbano.

A Fragata substituiu a Corveta “Barroso”, que concluiu com êxito também um período de seis meses naquela área marítima. O evento contou com as presenças do embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Geraldo Kadri; do comandante em Chefe da Esquadra, almirante Alipio Jorge Rodrigues da Silva, do comandante da FTM, almirante Eduardo Machado Vasquez, e de representantes da Marinha do Líbano e do Ministério da Defesa, além de autoridades locais.

A FTM-UNIFIL é composta por um Estado-Maior multinacional e sete navios, de seis diferentes nacionalidades: Alemanha, Brasil, Bangladesh, Grécia, Indonésia e Turquia. Os navios e militares brasileiros tem demonstrado o comprometimento do Brasil com a manutenção da paz na região.

A Fragata Independência

A “Independência” é a quinta de uma série de 6 fragatas da classe Niterói, ordenadas em 20 de setembro de 1970 como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha, e a primeira construída pelo Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro (AMRJ). Seu deslocamento carregado é de 3 mil e 800 toneladas e suas dimensões são: 129.2 m de comprimento, 13.5 m de boca e 5.9 m de calado.

 A Fragata “Independência” desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro no dia 28 de janeiro e fez escalas logísticas nos portos de Natal, no estado do Rio Grande do Norte;  Praia, em Cabo Verde; e Toulon, na França, antes de chegar às águas libanesas.

Força-Tarefa Marítima da UNIFIL tem novo Comandante

Em cerimônia realizada a bordo da Corveta “Barroso”, da Marinha do Brasil, atracada no porto de Beirute, no final de fevereiro, o almirante Eduardo Machado Vazquez r assumiu o Comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL) do almirante Sérgio Fernando de Amaral Chaves Junior.

O evento foi presidido pelo Force Commander da UNIFIL, general do Exército Irlandês, Michael Beary e contou com as presenças do embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Geraldo Kadri; do comandante de Operações Navais (CON), Almirante de Esquadra Paulo Cezar de Quadros Küster; do comandante da Marinha do Líbano, almirante Housni Daher; do vice-chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht; além de representações de diversos países, militares e civis.

Sob o comando da Marinha Brasileira desde fevereiro de 2011, a FTM-UNIFIL possui um Estado-Maior multinacional e sete navios, de seis diferentes nacionalidades: Alemanha, Brasil, Bangladesh, Grécia, Indonésia e Turquia.

A UNIFIL

Criada pelo Conselho de Segurança (CS) em 1978, a Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) originalmente se propôs a restaurar a segurança e paz internacional, assegurar a retirada de tropas israelenses da região meridional libanesa e assistir o governo do Líbano na restauração de sua autoridade.

Após a crise de 2006 entre as Forças de Israel e o Hezbollah, além de reforçar a capacidade da missão, o conselho adicionou ao mandato original as tarefas de monitorar a cessação das hostilidades, de apoiar o desdobramento das forças armadas libanesas em todo o Sul do país e estender sua assistência de modo a garantir acesso humanitário à população civil e permitir o retorno seguro e voluntário dos deslocados.

As Forças Armadas brasileiras estão no comando da missão de paz desde 2011. A Marinha do Brasil mantém um navio e uma aeronave orgânica na costa libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos naquele país, além de contribuir para o treinamento da Marinha libanesa, de modo que a mesma possa conduzir suas atribuições de forma autônoma.

Durante a missão, militares brasileiros auxiliam na formação e no adestramento da Marinha libanesa, que ainda está em fase de desenvolvimento de procedimentos e doutrinas.
 
A Força Naval comporta navios da Alemanha, Grécia, Turquia, Bangladesh e Indonésia, sendo alocadas áreas e subáreas no litoral libanês a cada um deles, de acordo com o planejamento efetuado pelo Estado-Maior brasileiro.

A FTM

Força-Tarefa Marítima (FTM) é a primeira Força-Tarefa Naval a ser criada para tomar parte de uma Missão de Manutenção de Paz da ONU e, desde 2011, é comandada por um almirante brasileiro. A presença de um navio brasileiro na região, além de contribuir para o cumprimento do mandato da UNIFIL, demonstra o comprometimento do Brasil com a manutenção da paz.

A Missão

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi estabelecida pelo Conselho de Segurança da ONU em 1978, após a invasão israelense no Líbano. Inicialmente, a força foi criada para garantir a retirada das forças de Israel do território libanês, restaurar a paz e a segurança na região e auxiliar o governo do Líbano a reestabelecer sua autoridade no local.

A missão foi amplamente reforçada após os confrontos de 2006, com a finalidade de garantir a manutenção do cessar das hostilidades entre Israel e o grupo libanês Hezbollah. Hoje, a UNIFIL é encarregada de garantir que o rio Litani e a região conhecida como “Linha Azul”, área que separa Israel e Líbano, estejam livres de armamentos, pessoas e ativos não autorizados. Ela também auxilia as Forças Armadas Libanesas em suas responsabilidades referentes à segurança.

A CORVETA “BARROSO”

É o primeiro exemplar da Classe, designado como V-34, e foi construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e se faz ao mar pela 1ª vez e entrou em serviço no ano de 2008.

O nome do navio é uma homenagem ao herói nacional Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas. Serviu na Marinha Imperial do Brasil, e teve importante papel na Batalha Naval do Riachuelo, na Guerra do Paraguai.

Características:

•Deslocamento : 1.785 ton (padrão), 2.350 ton (carregado)
•Dimensões : 103.4 m de comprimento, 11.4 m de boca e 5.3 m de calado.
•Tripulação: 154 homens, sendo 15 oficiais (estimado)
•Velocidade máxima (nós): 29
•Propulsão: CODOG – Turbina a gás ou motor a Diesel – 2 motores a Diesel MTU Friedrichshafen (20V 1163 TB83) para velocidades de cruzeiro ou 1 Turbina a Gás para alta velocidade General Electric (LM2500)
•Raio de Ação (km): 7.200 a 14 nós
•Eletricidade: 4 geradores diesel Siemens de 500 kW cada

Fotos: Subchefia de Operações de Paz/MD e CCSM
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

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