Após 10 meses em missão de paz no Líbano, Fragata “Liberal” atraca em Natal

A Fragata “Liberal”, da Marinha do Brasil, procedente do Líbano, atracou na manhã do dia 9 de fevereiro, no Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, após 10 meses de missão na Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL).

O navio iniciou seu retorno ao Brasil no dia 16 de janeiro, quando suspendeu de Beirute e se deslocou para Civitavecchia, na Itália, onde a tripulação foi recebida pelo Papa Bento XVI. Posteriormente, o navio seguiu para Tenerife, nas Ilhas Canárias, de onde partiu, no dia 1º de fevereiro, rumo ao Brasil, tendo Natal como o primeiro porto brasileiro. A Fragata “Liberal” permaneceu em Natal até o dia 13 de fevereiro para reabastecimento.

Segundo o Comandante do navio, Capitão-de-Fragata José Luiz Ferreira Canela, além da fragata brasileira, que é o navio-capitânia, a FTM-UNIFIL é composta por navios da Alemanha, de Bangladesh, da Indonésia, da Turquia e da Grécia.

O Comandante esclareceu, ainda, que antes de partirem para a missão, os militares tiveram um treinamento especial e que durante a operação receberam a visita de uma equipe para aferir a condição psicológica da tripulação que, segundo ele, foi aprovada com louvor. Além disso, destacou que foi disponibilizado um equipamento que permitia que os integrantes do navio tivessem contato com a família, via satélite.

Durante o período em que permaneceu em operação, a Fragata “Liberal” recebeu diversas visitas protocolares e de membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para verificar o desenvolvimento da missão.

Na chegada do navio ao porto de Natal, alguns militares potiguares foram recebidos por seus familiares. “Estou muito orgulhosa por ter um filho na Marinha e que participou de uma viagem tão importante”, declarou emocionada a secretária Maria José Santos, mãe do Cabo Renan Santos.
 

Para a missão, o Comandante Canela contou com uma tripulação de 251 militares, Oficiais e Praças do próprio navio, além de fuzileiros navais, Mergulhadores de Combate, médicos e dentistas destacados para a viagem, que prestaram, inclusive, atendimento a militares de outras nacionalidades. Um helicóptero do Primeiro Esquadrão de Esclarecimento e Ataque (HA-1) realizou Operações Aéreas na área patrulhada durante toda a missão do navio em águas libanesas.

A UNIFIL, que foi criada pela ONU em 1978, destina-se a contribuir com a segurança no território libanês impedindo, por exemplo, a entrada de armas ilegais nessa região. Outro ramo da missão, que opera na fronteira terrestre do Líbano com Israel e não conta ainda com participação brasileira, tem o objetivo de evitar confrontos armados entre israelenses e a milícia xiita Hezbollah. O revezamento de navios e militares engajados na FTM-UNIFIL ocorre a cada seis meses.

Atualmente a UNIFIL conta com a participação de 35 países, incluindo o Brasil, e mobiliza cerca de 12 mil militares e policiais, além de mil funcionários civis. A FTM é Comandada pelo Contra-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, da Marinha do Brasil.

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