PMERJ Atinge a Marca Histórica de 800 Fuzis Apreendidos em menos de um ANO

A direção da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro na apresentação dos resultados. Além das armas de origem desde o exterior tem novas fontes de fornecimento como as produzidas ilegalmente no país.

Redação DefesaNet
29 Dezembro 2025

Em ação operacional realizada no início da tarde desta sexta-feira (26/12) na comunidade Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, policiais militares do 41º BPM (Irajá) apreenderam dois fuzis. A apreensão dos armamentos entraria apenas para a estatística de rotina se não fosse um detalhe: com essas duas armas de guerra, a Corporação atingiu a marca recorde de 800 fuzis apreendidos em menos de um ano.

A apreensão na comunidade do Juramento destaca mais uma ação dos policiais do 41º BPM, que, neste ano, foi a unidade que mais apreendeu fuzis, atingindo a marca de 132 fuzis, entre janeiro e 26 de dezembro. Depois do 41º BPM, compõem a lista dos cinco batalhões melhores colocados no ranking o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), com 112; do 15º BPM (Duque de Caxias); do 9º BPM (Rocha Miranda), com 62; e do 21º BPM (São João de Meriti), com 58 fuzis.

Observar a qualidade e boa conservação, ao menos em uma análise visual, das armas apreendidas. Anteriormente oriundas de armas antigas desviadas dos arsenais das próprias PMs e Forças Policiais dlo RJ e de outros estados assim como das Forças Armadas. Aqui incluídas oriundas de países fronteiriças.

– Esse volume de apreensões de fuzis, impensável em qualquer outro estado da Federação, reflete a garra e o profissionalismo dos nossos policiais, como também a capacidade de planejamento da Corporação. Mas reflete também a necessidade da participação das forças federais nessas ações, especialmente no combate ao tráfico de armas – afirma o secretário de Estado e comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

A observação do coronel Menezes está de acordo com o levantamento da área de inteligência da Corporação. Esse levantamento mostra que mais de 90% dos fuzis apreendidos pela Polícia Militar são fabricados em outros países da Europa, Ásia e, sobretudo, Estados Unidos.

Não por coincidência, os dois fuzis apreendidos nesta sexta-feira por policiais militares do 41º BPM foram fabricados nos Estados Unidos: um Colt AR-15 M4 calibre 5.56 e um Bushmaster modelo XM15 calibre 5.56.

Os dois fuzis encontrados nesta sexta-feira — um Colt AR-15 M4 e um Bushmaster XM15, ambos calibre 5.56 — foram produzidos nos EUA.

Veja os fuzis internacionais apreendidos em megaoperação contra o CV

De acordo com a PCERJ, foram apreendidas 91 armas longas do CV, avaliadas em cerca de R$ 5,4 milhões

Larice de Paula e Carlos Carone
Metrópoles
30 Outubro 2025

O delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Vinicius Domingos publicou nas redes sociais imagens dos fuzis apreendidos durante a megaoperação considerada a mais letal da história do estado, realizada na terça-feira (28/10).

No vídeo, Domingos explicou: “O CFAE [Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos da Polícia Civil] está analisando os fuzis apreendidos, que em seguida serão enviados à perícia”.

  • 11 fuzis G3 (alemães);
  • 13 FALs (belgas);
  • 16 AK-47 (russos);
  • O restante AR, fuzis americanos.

“Chamou a atenção que a maior parte dos fuzis da plataforma AR — mais de 90% — são cop fakes, ou seja, falsificados”, ressaltou Domingos.

O arsenal de guerra encontrado nas mãos do Comando Vermelho (CV), nos complexos do Alemão e da Penha, revela o poder bélico milionário da facção. Só em fuzis, foram apreendidas 91 armas longas, avaliadas em cerca de R$ 5,4 milhões, segundo estimativas da Polícia Civil.

No total, foram 118 armas de fogo, incluindo pistolas, um revólver e 14 artefatos explosivos, todos prontos para uso e equipados com acessórios de precisão, como lunetas e miras holográficas, capazes de aumentar alcance e letalidade dos disparos.

Operação mais letal da história do RJ

A megaoperação mobilizou cerca de 2.500 agentes em 26 comunidades dos complexos da Penha e do Alemão, deixando cenário de horror e devastação. Moradores foram flagrados tentando recolher e cobrir corpos espalhados pelas ruas.

Fábrica clandestina de fuzis alvo da PF tinha capacidade para montar 3,5 mil armas por ano

Instalação sofisticada no interior de São Paulo tinha peças importadas dos Estados Unidos e da China

Por Lucas Mathias
VEJA

16 Outubro 2025

  Uma quadrilha especializada na produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 15. De acordo com as investigações, a organização criminosa tinha a capacidade para fabricar 3,5 mil fuzis por ano e abastecia as principais facções do Rio de Janeiro. 

Ao todo, foram dez mandados de prisão e oito de busca e apreensão em endereços no território fluminense, além dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados. 

A ação, desenvolvida em conjunto com o Gaeco do Ministério Público Federal, contou com 50 agentes e é um desdobramento de outra operação da Polícia Federal, deflagrada em 2023. Na ocasião, o líder da quadrilha havia sido preso com 47 fuzis, em etapa que identificou e desmontou uma das fábricas localizada na capital mineira Belo Horizonte. 

O criminoso, condenado posteriormente a 12 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio, seguia comandando o esquema em prisão domiciliar, como aponta a corporação. 

Fábrica sediada em Santa Bárbara d’Oeste operava com estrutura sofisticada e sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas (Divulgação/Polícia Federal/.)

Nos últimos dois anos, a produção que antes era centrada em Belo Horizonte foi transferida para uma instalação no interior de São Paulo, onde operava com estrutura mais sofisticada e sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas. 

Tal fábrica, sediada em Santa Bárbara d’Oeste, também foi alvo da PF em agosto deste ano. Na ocasião, mais fuzis foram apreendidos, além de 31 mil peças que seriam usadas para a montagem de novos armamentos. Parte desses componentes era importado dos Estados Unidos e da China. 

Uma vez montados, os fuzis eram entregues especialmente nas favelas do Complexo do Alemão e da Rocinha, ambos controlados pelo Comando Vermelho na cidade do Rio. 

Produção das armas, que antes era centrada em Belo Horizonte, foi transferida para uma instalação no interior de São Paulo (Divulgação/Polícia Federal/.)

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