Pezão pedirá que Exército continue na Maré

O governador Luiz Fernando Pezão disse ontem que vai conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre a possibilidade de estender a permanência do Exército no Complexo da Maré, ocupado pelos militares desde abril para o programa de pacificação.

O prazo do convênio expira no dia 31 deste mês. Pezão participou de uma reunião para tratar de ações do governo do estado e da prefeitura no conjunto de favelas. O governador anunciou que a licitação das obras de saneamento na região será realizada no dia 8 de agosto. Segundo Pezão, além da instalação de novas redes de esgoto e água, as existentes serão refeitas.

Moradores querem obras

Além de Pezão e do prefeito Eduardo Paes, participaram da reunião no Palácio Guanabara o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame; o general Francisco Modesto, do Comando Militar do Leste (CML); o general Mauro Sinott Lopes, comandante da Força de Pacificação na Maré, e líderes comunitários.

– O Exército apresentou uma série de reivindicações dos moradores, que pedem obras, creches e clínicas da família – disse Pezão. – O maior desafio, no entanto, é continuar com a paz.

Paes falou sobre as intervenções que estão sendo realizadas na Maré. De acordo com o prefeito, o complexo já tem uma série de serviços funcionando.

– A paz permite que se qualifiquem esses serviços – acrescentou.

A coleta de lixo, uma das principais queixas dos moradores, ganhou reforço. Na área da saúde, o complexo ganhará três novas Clínicas da Família e chegará a 100% de cobertura do programa, que atualmente, de acordo com o município, está em 84%. Ainda este ano, está prevista a construção de uma Nave de Conhecimento no Parque Linear da Maré. O espaço oferece acesso à internet e cursos na área de tecnologia.

Segundo Paes, sua administração já investiu mais de R$ 1,8 bilhão em 208 comunidades que receberam UPPs. Na Maré, já foram aplicados R$ 67,63 milhões. Até 2016, de acordo com a prefeitura, serão entregues no complexo mais seis Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) e 13 colégios do programa Fábrica de Escolas.

O Instituto Pereira Passos, que coordena as ações da UPP Social, informou que, dos 201 EDIs que atendem a cidade, 49 estão em áreas ocupadas por forças de segurança, sendo que seis deles na Maré, que tem ainda 17 escolas, sete creches e um Centro de Referência de Educação de Jovens e Adultos.

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