AÇO – CBT do VBC Leopard 1A5 Br entregue ao CIBld

Ricardo Fan
 

No dia 26 de novembro de 2014 a empresa Defii Ateliê de Software entregou ao Centro de Instrução de Blindados o Computer Based Training (CBT) da VBC Leopard 1A5 Br.

Um CBT é uma modalidade de software voltado ao ensino ou a capacitação, onde o aluno aprende a usar um equipamento ou a realizar algum procedimento específico.

O CBT do Leopard conta com 11 módulos que ensinam o operador desde a troca de óleo até a realização de tiro e o uso de equipamentos mais complexos do Carro de Combate.

Ao final de cada módulo, o aprendizado do aluno é verificado por meio de jogos, o que oferece um maior grau de interação do aluno com o objeto de estudo, ou seja, o Carro de Combate.

O CBT do Leopard foi adquirido pelo Exército com apoio da Fundação Trompowsky, entidade sem fins lucrativos ligada ao Ensino do Exército Brasileiro.

A empresa Defii, além de outros produtos, está trabalhando na produção de outros CBT e Serious Games para máquinas, equipamentos militares e veículos de uso civil.

Ainda este ano a Defii entregará à Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos (EASA), em Cruz Alta-RS, um aplicativo para planejamento de operaçõs táticas, o VCARTA, um "caixão de areia" tático virtual, que será uma ferramenta de apoio ao ensino no aperfeiçoamento dos sargentos do Exército Brasileiro.

"- Um caixão de areia é uma ferramenta de apoio a instrução utilizada pelo exército desde os anos 40, o diferencial deste "novo" caixão de areia é que ele é virtual e pode ser utilizado em qualquer plataforma operacional, desde o Windows, Linux, iOS, Android e em equipamentos como tablets, lousas e mesas digitais" – Erlei Melgarejo.

No caso da EASA, localizada em Cruz Alta, o aplicativo será entregue em iPads e a sua utilização poderá ser realizada em grupo, possibilitando que o instrutor corrija, juntamente com a turma, cada solução apresentada.

Nessa versão do VCARTA, o usuários pode utilizar cartas topográficas militares ou os terrenos do Google Maps. A Defii já está trabalhando em uma segunda versão que trará dentre novas funcionalidades a possibilidade de planejamento colaborativo, onde militares de armas diferentes possam trabalhar em um mesmo exercício, dentre outras inovações.

A Empresa ainda está trabalhando em mais dois produtos destinados para a defesa, um deles é um serious game voltado para blindados e outro um ambiente virtual para estudo de um equipamento que ainda não foi divilgado.

"- Temos muitos projetos na prancheta, o grande problema que enfrentamos é o fato de que não podemos simplesmente produzir um software de treinamento/ensino para as Forças Armadas e ir bater na sua porta, pois, caso não há interesse ficamos com um produto encalhado, porque na maior parte dos casos, um software para treinamento de assuntos relacionados à defesa não possuem um caráter dual, ou seja, não tem como a empresa comercializar na comunidade civil um software para ensino de armamento ou manutenção de um meio de emprego Militar.

Assim, muitos projetos interessantes e que poderiam ser um sucesso para a capacitação militar ficam em "repouso ativo"em outras palavras em stand by até que alguma demanda surja. Pois, os investimentos para produção são altos e há grandes possibilidades de se perder o investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A Defii investiu neste ano, aproximadamente 40% em Pesquisa e Desenvolvimento de tudo o que recebeu dos projetos captados". – Erlei Melgarejo – Diretor de Produção e Negécios da Defii Ateliê de Software.

Serious Game

Um "jogo sério" – tradução literal do inglês "serious game", é um software ou hardware desenvolvido através dos princípios do desenho de jogo interativo, com o objetivo de transmitir um conteúdo de caráter educativo ao usuário.

O termo "sério" (serious) refere-se neste caso a produtos e situações ligadas à área da defesa, da educação, exploração científica, gestão de emergência, planejamento urbano, engenharia e política.

O conceito de utilizar jogos com propósitos educativos tem a sua origem ainda antes da revolução tecnológica e do uso comum de computadores: O primeiro "serious game" foi o Army Battlezone, um projeto desenvolvido pela empresa Atari nos anos 80. Este jogo foi concebido para treinar militares em situação de batalha.

Ao longo dos anos, e à medida que os computadores foram desenvolvidos, os "serious games" foram concebidos para uma cada vez maior variedade de áreas: da educação ao treino profissional. E têm como objetivo simular o mundo real diferenciando-se dos games que possuem objetivo de simular um mundo fictício.

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