Pompeo: morte de russos na Síria demonstra firmeza dos EUA diante de Putin

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse nesta quinta-feira (30) que a morte de "300 russos" na Síria sinalizava uma advertência a Moscou, ao defender que o governo republicano mantenha uma postura firme diante do presidente Vladimir Putin.

"Não acredito que haja qualquer dúvida na mente de nenhum líder russo, incluindo Vladimir Putin, sobre que os Estados Unidos esperam que americanos não sejam mortos", disse Pompeo ao Comitê de Relações Exteriores do Senado.

"Posso lhes prometer que os 300 russos que estavam na Síria ameaçaram os Estados Unidos, e que já não estão mais neste planeta, também entendem essa mensagem", afirmou. Pompeo não especificou a qual incidente ele estava se referindo, mas houve vários relatos de ataques aéreos americanos que mataram os militares russos em fevereiro de 2018 próximo à cidade síria de Khasham.

Senadores democratas questionaram o secretário de Estado sobre o assunto das "recompensas russas". Segundo vários jornais americanos, a Inteligência dos EUA tem fortes indícios de que a Rússia pagou os talibãs para matar soldados dos EUA no Afeganistão.

O presidente Donald Trump afirmou, esta semana, que "nunca abordou" esse assunto com seu homólogo russo em telefonemas recentes. O jornal "The New York Times", o primeiro a denunciar as supostas recompensas, disse que Moscou poderia estar retaliando o ataque responsável por matar centenas de combatentes pró-Damasco, incluindo vários mercenários russos.

Em 2015, a Rússia interveio na Síria para defender seu aliado, o presidente Bashar al-Assad, embora tenha evitado amplamente os confrontos diretos com os Estados Unidos. Washington enviou tropas e lançou ataques aéreos com o objetivo de destruir o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Em uma entrevista ao site de notícias Axios, divulgada na última quarta-feira, Trump negou relatos de que a Rússia pagava recompensas aos talibãs para que matassem soldados americanos no Afeganistão, dizendo que a Inteligência dos EUA "não acreditava que a informação fosse real".

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