Ação interministerial da Defesa e da Saúde leva jornalistas para acompanhar a Missão Alto Solimões, no Amazonas

Mariana Alvarenga

Jornalistas de veículos nacionais e internacionais estiveram em Tabatinga, no Amazonas, para acompanhar os trabalhos da Missão Alto Solimões. Trata-se de operação interministerial de combate à Covid-19, que teve início em 7 de dezembro e será encerrada na segunda-feira (14), dezembro, para levar apoio de saúde a comunidades indígenas da região.

É uma forma de atender demandas reprimidas nas localidades, já que em decorrência da pandemia os indígenas não podem se deslocar para cidades próximas, a fim de buscar atendimento de saúde

Os profissionais da imprensa viajaram a convite dos Ministérios da Defesa e da Saúde. Repórteres das TVs SBT e ADR (Alemanha), dos jornais O Globo e Correio Braziliense e das agências internacionais Xinhua (China) e Jiji Press (Japão) chegaram em Tabatinga em voo da Força Aérea, que saiu de Brasília na quarta-feira (09).

Na quinta-feira (11), eles visitaram a aldeia Umariaçu II, onde puderam acompanhar os atendimentos dos profissionais de saúde da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

No dia seguinte, sexta-feira (12), eles embarcaram no helicóptero Black Hawlk, do Exército, rumo à Aldeia Campo Alegre, localizada a 95 km de onde estão baseados, no Hotel de Trânsito de Oficiais do 8° Batalhão de Infantaria de Selva (8° Bis). O percurso teve duração de 30 minutos, tanto na ida quanto na volta, sobrevoando a imensidão da Floresta Amazônica.

Para o jornalista Ryota Ichikawa, do Jiji Press, do Japão, o trabalho das Forças Armadas chama a atenção de quem o acompanha. "É muito impressionante a atuação dos militares nas aldeias. Só as Forças Armadas podem fazer esse trabalho, devido às dificuldades de deslocamento para chegar e sair da localidade", destacou ele.

Na Aldeia Campo Alegre, eles foram recebidos com dança, exposição de artesanato e receberam pinturas no corpo. A tinta é feita a partir da fruta jenipapo. Foi uma forma de dar boas-vindas aos visitantes. Em entrevista coletiva, a Cacique Luciana Marques, líder dessa comunidade indígena, disse que era muito bom receber a equipe médica das Forças Armadas e do Ministério da Saúde. "A vinda dos médicos mostra que há uma preocupação com a população indígena. A gente se sente importante", afirmou.

O repórter fotográfico do jornal O Globo Jorge William registrou cada momento da viagem, atento à vista da Amazônia de cima, aos indígenas e à realidade nas aldeias, com casas construídas com madeira e chão de terra batida. "Sensacional o trabalho que as Forças Armadas fazem. Poucos países do mundo tem esse tipo de trabalho contra a Covid-19. Foi uma experiência muito rica estar na Amazônia", disse ele.

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