Sudão garante ter matado 1,2 mil soldados sul-sudaneses

Cerca de 1,2 mil soldados sul-sudaneses faleceram em combates registrados na disputada zona petroleira e fronteiriça de Heglig, anunciou nesta segunda-feira o comandante do exército sudanês, Kamal Maruf, sem fornecer o número de baixas que suas próprias fileiras teriam sofrido.

"O número de mortos é de 1.200 para o SPLM", os antigos rebeldes do sul, que ostentam o poder no Sudão do Sul desde a divisão em julho de 2011, declarou este responsável militar perante 2 mil soldados, durante uma visita a Heglig. Ele acrescentou que seus soldados conseguiram capturar um grande número de dirigentes do Exército sul-sudanês.

No domingo, as autoridades sudanesas mencionaram que morreram cerca de 400 soldados sudaneses nos combates. A informação é até o momento impossível de verificar, mas, segundo um correspondente da AFP, a zona está semeada de cadáveres de soldados do Sudão do Sul.

As tropas sul-sudanesas, que ocuparam Heglig no último dia 10 de abril, iniciaram dez dias depois sua retirada dessa zona rica em petróleo e em disputa com o Sudão, que proclamou sua vitória logo em seguida.

Abdel Marouf destacou que os militares sudaneses participaram dos combates para libertar Heglig "com alto profissionalismo", levando em conta que se trata de uma zona sensível, e por isso evitaram danificar as instalações petrolíferas. Nesse sentido, ressaltou que seus soldados protegeram com suas próprias mãos as jazidas petrolíferos, diante do ataque do Exército do Sudão do Sul.

Nas últimas semanas, ambos países protagonizaram uma escalada bélica por sua intenção de controlar Heglig e outras zonas fronteiriças pendentes de demarcação. Uma dessas áreas é a província sudanesa do Nilo Azul, onde ontem à noite o Exército sudanês anunciou que tinha abatido 50 soldados sul-sudaneses e capturado outros 17, informou a agência de notícias oficial do Sudão, Sunna.

Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, nasceu no último dia 9 de julho após promover um plebiscito entre seus habitantes sob os auspícios da comunidade internacional, e após o conflito bélico com o norte.

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