Pressionada por aliados, Hungria tem agora 5 dias para oficializar entrada da Suécia na Otan

O presidente do parlamento húngaro, Sandor Lezsak, assinou o texto de ratificação da adesão da Suécia à Otan e enviou o documento ao gabinete do presidente para promulgação, informou o site da Assembleia Nacional da Hungria neste sábado (2). Os aliados da Otan exerceram intensa pressão sobre o governo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para que ele se alinhasse e selasse a adesão da Suécia à aliança. O presidente húngaro tem agora cinco dias para promulgar a lei.

Os parlamentares húngaros deram o aval para que o país escandinavo se juntasse à Aliança Atlântica em 26 de fevereiro, removendo assim o último obstáculo para uma mudança histórica, já que Estocolmo sempre optou pela “neutralidade” durante as duas guerras mundiais e a Guerra Fria.

O voto húngaro põe fim a meses de atraso na implementação da mudança da política de segurança da Suécia e segue uma visita do primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson, durante a qual os dois países assinaram um contrato de contrato de fornecimento de armas.

A adesão da Suécia segue a da Finlândia em abril passado, mas Estocolmo teve que esperar mais tempo devido aos vetos da Turquia e da Hungria, ambas com boas relações com a Rússia.

A recusa turca e a negociação de Erdogan

Durante algum tempo, a Turquia se recusou a ratificar a adesão da Suécia, exigindo medidas mais rígidas contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) baseados no país.

Para satisfazer as exigências de Ancara, a Suécia alterou suas leis e flexibilizou as regras de venda de armas. O presidente Recep Tayyip Erdogan também condicionou a retirada de seu veto à aprovação, pelos Estados Unidos, da venda de caças F-16 para Ancara.

As inclusões da Suécia e da Finlândia representam a maior ampliação da Otan desde sua expansão para a Europa Oriental no final da década de 1990. Estocolmo abandonou sua política de não alinhamento militar em favor de maior segurança dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

(Com AFP)

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