Ban Ki-moon recomenda que ONU não apoie a guerra no Mali

O chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, aconselhou o Conselho de Segurança da ONU contra a exigência de que o órgão forneça apoio logístico para operações militares de combate no Mali, dizendo que tal medida iria colocar a equipe civil da ONU em toda a região em "grave risco".

Em dezembro, o Conselho de Segurança composto por 15 membros autorizou o envio de uma força militar liderada por africanos para ajudar a derrotar a Al Qaeda e outros militantes islâmicos no norte do Mali e convidou o secretário-geral para apresentar as opções de financiamento.

"A situação no Mali é crítica. Organizações terroristas ameaçam o modo de vida do povo do Mali, e até mesmo a existência do Estado", disse Ban ao Conselho de Segurança em uma carta enviada no domingo para o órgão e obtida pela Reuters na terça-feira.

Não se esperava que o contingente planejado de 3.300 soldados da força africana – conhecido como Afisma – estivesse pronto até pelo menos setembro, mas a França pediu que fosse acelerado depois de o país lançar ataques aéreos e enviar 2.150 soldados por terra neste mês para deter uma ofensiva islâmica surpresa em direção a capital do Mali, Bamako.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, informou o Conselho de Segurança sobre o Mali na terça-feira e disse que, desde o último domingo, 855 soldados foram mobilizados para a força africana de Benin, Nigéria, Senegal, Togo e Níger.

Na carta, Ban apresentou três opções de financiamento para a Afisma: apoio logístico bilateral sem financiamento da ONU; apoio logístico completo das Nações Unidas para todas as fases da operação, que será financiada por meio das contribuições obrigatórias dos Estados para as Nações Unidas; ou apoio bilateral para as fases de combate, seguido de apoio da ONU para implantação e estabilização.

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