Ahmadinejad critica “crimes de guerra” israelenses contra Gaza

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou neste domingo que a guerra de Israel com os palestinos é por sua sobrevivência e que o regime de Tel Aviv está baseado na ocupação, na guerra e no derramamento de sangue.

Ahmadinejad, em reunião do Gabinete do Governo de Irã, condenou os "crimes contra a humanidade e de guerra, como os intensos ataques aéreos (de Israel) contra o povo que vive na Faixa de Gaza", segundo informou a agência oficial Irna.

O governante iraniano lembrou as três guerras de Israel com os árabes e seus ataques contra o Líbano e Gaza e assinalou que o país "sonha em atacar também outros países da região", em referência às ameaças de Tel Aviv de atacar o Irã para frear seu programa nuclear.

Para ele, Israel "chegou a um ponto mortal no qual seria melhor que não piorasse seu histórico negro, abandonasse a cena e desse passagem à justiça e à liberdade do povo palestino".

"Já é hora dos governos ocidentais acabarem com sessenta anos de apoio ilimitado e incondicional aos ocupantes sionistas (israelenses) e a seus crimes, que revisem sua lógica e deixem aos palestinos decidirem seu próprio destino", disse Ahmadinejad.

A República Islâmica do Irã não reconhece o Estado de Israel, o que denomina de "entidade sionista" e considera seu maior inimigo, junto aos Estados Unidos.

Em diversas ocasiões, tanto Ahmadinejad como o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, qualificaram Israel de "tumor cancerígeno" que deve ser "extirpado".

Nos últimos dias, foram produzidas manifestações e vários declarações de condenação à atual ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, em resposta aos ataques com foguetes desde o território palestino. As autoridades de Teerã pediram a diversas organizações internacionais que intervenham para frear a ofensiva israelense.

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