EADS desmente fracasso em fusão com a BAE

PARIS, 9 Out (Reuters) – A EADS desmentiu uma matéria de uma agência de notícias alemã que dizia que as negociações sobre a fusão com a BAE Systems haviam fracassado e confirmou o progresso entre Grã-Bretanha e França sobre o acordo entre os grupos do setor aéreo.

"Estamos surpresos de ver essas matérias de Berlim. Só nesta manhã recebemos a informação de que França e Grã-Bretanha fizeram progresso significativo sobre a questão que bloqueava as negociações nos últimos dias", disse um porta-voz da EADS. "As duas companhias vão discutir a situação nesta tarde".

A Reuters informou, mais cedo, que Grã-Bretanha e França haviam feito progresso nas negociações sobre participações estatais na fusão entre a EADS e BAE.

A BAE não quis comentar o caso. As duas companhias trabalham com um prazo até quarta-feira, quando deverão informar ao Painel de Aquisições do Reino Unido suas intenções de manter ou encerrar as negociações.

(Por Tim Hepher e Jason Neely)


Notícia ue estava circulando: EADS e BAE Systems anunciam fracasso de plano de fusão

Berlim – As companhias europeias EADS e BAE Systems anunciaram nesta quarta-feira em comunicado que suas negociações sobre o plano de fusão fracassaram e acabaram impedindo a formação do que seria o maior grupo aeroespacial do mundo.

As companhias "decidiram encerrar as conversas" em relação a "uma possível combinação de seus negócios", possibilidade anunciada no último dia 12 de setembro, porque "as negociações com os governos relevantes", em referência aos Executivos da Alemanha, França e Reino Unido, não alcançaram o ponto que ambas as companhias haviam firmado para essa fusão.

Na mesma nota, o presidente da britânica BAE Systems, Ian King, assegurou estar "decepcionado" pelo fato de "não serem capazes de alcançar um acordo aceitável pelos governos acionistas".

Já Tom Enders, presidente do consórcio europeu EADS, assinalou que é "uma pena" que a fusão "não tenha tido êxito". "Mas, estou satisfeito de ter tentado. Tenho certeza que haverá outros desafios no futuro que possamos enfrentar juntos", completou Enders.

As duas empresas também "consideraram que a fusão estava baseada em uma sólida lógica industrial e representava uma oportunidade para criar uma combinação de duas companhias fortes e bem-sucedidas".

Segundo a EADS e a BAE Systems, a fusão possibilitaria um negócio combinado mais competitivo e com maior potencial de crescimento nos setores da aeronáutica comercial e da defesa, o que poderia apresentar "lucros tangíveis a todos os acionistas".

Neste aspecto, King disse que a fusão oferecia uma "oportunidade única" para as duas empresas globais e com negócios complementares criarem um grupo líder mundial em aeronáutica, defesa e segurança.

Segundo a legislação britânica, as duas empresas deviam confirmar até hoje se seguiam adiante com o processo de fusão, que desde o início não foi totalmente aceita pelos governos da França e Alemanha.

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