Presidente paraguaio se diz satisfeito por aprovação de acordos sobre Itaipu

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, manifestou nesta quinta-feira sua satisfação pela aprovação na Câmara dos Deputados do Brasil dos acordos assinados em 2009 que preveem maiores benefícios a seu país na administração conjunta da hidrelétrica de Itaipu.

Em mensagem ao país, o chefe de Estado afirmou que se for aprovada no Senado brasileiro, a medida "triplicará o valor da compensação de energia" que o Paraguai exporta ao Brasil.

Ele destacou que o aumento do pagamento do Brasil em cerca de US$ 360 milhões anuais pelo excedente de energia paraguaia foi "um dos mais esperados do conjunto do acordo" que em 25 de julho de 2009 foi assinado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a atual governante Dilma Rousseff se comprometeu a implantar.

Acrescentou que o valor adicional de US$ 240 milhões anuais que o Paraguai receberá "será fundamental" para os investimentos que seu país necessita fazer para seu desenvolvimento.

Lugo chegou ao poder em 2008 à frente de uma coalizão de ampla base ideológica e, entre suas principais promessas eleitorais, estava a luta para satisfazer às reivindicações energéticas em Itaipu e na hidrelétrica de Yacyretá, que seu país compartilha com a Argentina.

"A iminência desta concretização social para os planos do desenvolvimento do Paraguai não é do presidente Lugo, mas de todo o povo que em 20 de abril de 2008 confiou em um Governo que chegou aonde ninguém chegou, alcançou o que nunca foi alcançado e ainda tem dois anos e meio" para cumprir suas promessas eleitorais, declarou o governante.

O tratado de construção de Itaipu estabelece que tanto Brasil quanto Paraguai têm direito a 50% da eletricidade gerada pela represa e prevê que a energia não utilizada deve ser vendida ao outro.

No entanto, o Paraguai satisfaz sua demanda interna apenas com 5% da eletricidade gerada por Itaipu, por isso que o Brasil acaba ficando com o restante, pelo qual paga US$ 120 milhões anuais.

Os acordos de 25 de julho de 2009 preveem, além disso, a possibilidade de o Paraguai negociar livremente sua parte da energia com outros países com o próprio Brasil.

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