Brasil e Catar discutem parcerias econômicas, culturais e educacionais

A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (12), em Doha, no Catar, que o Brasil e o país do Oriente Médio criarão um grupo estratégico de trabalho de alto nível para atuação em pontos de interesse comum entre os dois países. O objetivo é ampliar a cooperação e estabelecer melhor intercâmbio em áreas estratégicas, como gás natural, defesa, educação e infraestrutura.

“É um país com o qual o Brasil tem uma ponte muito grande. É uma ótima relação para nós, estabelecida há 40 anos, e que podemos intensificar”, disse Dilma a jornalistas.

A presidenta lembrou que o Brasil importa gás natural do Catar, e exporta outros produtos. Na área de defesa, existe uma discussão quanto à compra de aeronaves da Embraer pelo país árabe.

Na educação, Dilma afirmou que os países pretendem estudar uma cooperação que envolva a divulgação de melhores práticas visando à universalização do ensino, e destacou o papel da xeica do Catar Mozah bint Nasser, embaixadora da ONU para o tema e ativista da educação em fóruns internacionais e debates entre países. “Ela diz que a educação é uma agenda ‘inacabada’, em construção permanente, e concordo inteiramente com isso”, declarou.

O programa Ciência sem Fronteiras, ressaltou a presidenta, poderá ser beneficiado por intercâmbios na graduação e também há possibilidade de pesquisadores pós-graduandos passarem a exercer atividade no sistema de ensino superior do Catar.

Dilma apontou entre as medidas em estudo o compartilhamento pelo governo brasileiro com o Catar de arquivos da Biblioteca Nacional que demonstram a influência da cultura árabe no país. Segundo a presidenta, parte desses arquivos data da época da chegada de Dom João VI ao Brasil.

Dilma viaja nesta quarta-feira para Cingapura, etapa anterior ao encontro do G20 em Brisbane (Austrália). A presidenta destacou a importância do encontro das 20 maiores economias do mundo e ressaltou que a questão da manutenção do emprego deve ser dos principais assuntos. “Acredito que é um desejo dos países do G20 um desenvolvimento sustentável e equânime”, disse. Destacou ainda a relação dívida/PIB do Brasil, de 35%, ante uma média de 60% entre os países do G20.

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